Felipe Ximenes enaltece trabalho de Bandeira no Flamengo: ‘A torcida vai saber reconhecer o valor da gestão’

Ex-gerente do Rubro-Negro também defende que os futuros mandatários <br>do clube vão colher os frutos do esforço realizado pelo ex-presidente

Apresentação de Felipe Ximenes no Flamengo (Foto: LANCE!Press)
Felipe Ximenes trabalhou no Flamengo em 2014 (Foto: LANCE!Press)

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A gestão do ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello teve o objetivo de revigorar as contas do clube da Gávea, que, atualmente, possui um dos maiores poderios financeiros do país. Porém, por outro lado, a escassez de títulos relevantes no período foi alvo de muitas críticas da torcida rubro-negra. O executivo Felipe Ximenes, que trabalhou como gerente de futebol do Fla em 2014, destacou os desafios enfrentados pela gestão.

- Toda a equipe que rodeou o Eduardo Bandeira de Mello foi extremamente corajosa, porque realmente conseguiu mudar a situação econômica do Flamengo em seis anos. Dentro de campo, talvez não tenha tido um grande título, mas o Flamengo segue disputando os campeonatos nas primeiras posições, principalmente desde 2013, que foi um ano de dificuldade, apesar da conquista da Copa do Brasil, mas no Brasileiro o Fla não foi tão bem. A partir de 2014, o Flamengo não teve sustos como ocorria no passado. Eles (gestão Bandeira de Mello) foram muito corajosos e tenho certeza de que, mais cedo ou mais tarde, o Flamengo vai voltar às grandes conquistas e a torcida vai saber reconhecer o valor da gestão nesses seis anos - afirmou Ximenes, em papo com o LANCE!.

Eduardo Bandeira de Mello
Bandeira foi cobrado pela falta de títulos (foto: Wagner Meier)


Porém, o dirigente indica que não existe uma “fórmula mágica” ou direção certa para outros clubes que, por ventura, busquem esse caminho de se ajustar financeiramente, já que cada equipe possui diferentes valores envolvendo patrocínios e direitos de televisão. Apesar disso, ele defende que é necessário que todos os clubes brasileiros busquem uma solução para "sair do buraco".

- É muito difícil julgar e falar que uma forma que deu certo em determinado clube pode ser adaptada para outros. A falta austeridade financeira é uma coisa que não cabe mais em nenhum setor da sociedade, e no futebol não pode ser diferente disso. Mas, muitas vezes, existem clubes que não têm condições como as do Flamengo e têm de gerar um volume de receita que o Rubro-Negro acaba gerando. Então, julgar e direcionar a mesma coisa com outros clubes não é uma coisa simples de ser feita, apesar de eu pensar que a estabilidade financeira é uma condição para qualquer pessoa - indicou.


Uma barreira para uma possível remodelação financeira dentro dos clubes seria "controlar" os torcedores, que, por encararem suas respectivas equipes com paixão, provavelmente não saberiam reagir a um provável tempo de vacas magras dentro das quatro linhas, mas de evolução nos bastidores e nas contas bancárias.

- Todos as partes interessadas que estão ao redor do clube precisam ter a consciência dessa situação. A comunicação é muito importante para qualquer time. Conseguir conversar com seu público e fazer com que as pessoas se conscientizem da realidade verdadeira financeira são situações veemente importantes e necessárias para que as pessoas absorvam e comprem a causa do clube de coração, porque o brasileiro, antes de mais nada, é apaixonado por futebol e pelo seu time - afirmou o dirigente.

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