Cadê o benefício? Com alto custo ao Fla, dupla de ataque entrega pouco

Contratações de Henrique Dourado e Geuvânio geraram grandes expectativas, mas os atacantes ainda não justificaram os investimentos feitos pelo clube: 12 gols em 62 jogos

Henrique Dourado e Geuvânio
Geuvânio e Henrique Dourado têm entregado pouco em campo em 2018 (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

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O ataque do Flamengo ainda não se acertou após a venda de Vinícius Júnior, para o Real Madrid (ESP). Com o fim de contrato de Paolo Guerrero, a vaga de "camisa 9" também está aberta. Maurício Barbieri vem testando diferentes opções, como Uribe e Marlos, mas outros nomes parecem ter esgotado as oportunidades entre os titulares. Em especial, Geuvânio e Henrique Dourado, cujas chegadas chegaram grande expectativas e ambos têm entregado pouco. Juntos, a dupla tem um custo mensal milionário aos cofres do Rubro-Negro.

Artilheiro do Brasil em 2017, com 32 gols, Henrique Dourado chegou à Gávea, em janeiro, vindo do rival Fluminense. O Flamengo pagou R$ 16 milhões por 75% dos direitos econômicos do atacante, que teve um bom início pelo clube. Foram oito gols nas primeiras 16 partidas pelo Rubro-Negro - três no Carioca, dois na Libertadores, dois no Campeonato Brasileiro e um na Copa do Brasil.

A partir de maio, o rendimento de Henrique Dourado caiu. O centroavante só marcou mais um gol - contra o Fluminense, no Brasileirão. Mais do que isso, o camisa 19 não estava contribuindo com o time na parte ofensiva, o que levou Maurício Barbieri a tirá-lo da equipe titular ainda antes da Copa do Mundo.

Geuvânio, por sua vez, sequer conseguiu ter uma sequência entre os titulares desde que chegou em junho de 2017. Foi sob o comando de Zé Ricardo que o atacante teve mais oportunidades, perdendo espaço na reta final da última temporada, com Reinaldo Rueda e sendo pouco utilizado por Carpegiani e Barbieri. São 16 partidas em 2018, cinco como titular, e dois  gols marcados.

Por outro lado, Geuvânio chegou sem custos ao Flamengo por empréstimo até 31 de dezembro de 2018. Mas, no acordo com o Tianjin Quanjian (CHN), o Rubro-Negro aceitou arcar com 50% dos vencimentos do jogador - R$ 500 mil.

Como completou 12 meses de Flamengo no fim de julho, Geuvânio já custou R$ 6 milhões aos cofres do Flamengo. Henrique Dourado, por sua vez, está em seu primeiro ano no clube. Além do valor de compra - R$ 16 milhões - pago ao Flu, o Ceifador recebeu R$ 3 milhões do Rubro-Negro pelos vencimentos mensais.

Longe de repetir o futebol que apresentou pelo Santos, entre 2014 e 2015, Geuvânio retornará ao clube chinês, ao fim da atual temporada, sem que o Flamengo faça esforços por sua permanência. Já Henrique Dourado, por sua vez, tem contrato válido com o Rubro-Negro até 31 de dezembro de 2021.

HENRIQUE DOURADO PELO FLAMENGO

28
Jogos, sendo 26 como titular
9 Gols: três no Brasileirão, três no Carioca, dois na Liberadores e um na Copa do Brasil

GEUVÂNIO PELO FLAMENGO

16 Jogos em 2018, sendo cinco como titular
2 Gols em 2018: dois no Campeonato Carioca, contra a Portuguesa

18 Jogos em 2017, sendo 10 como titular
1 Gol em 2018: marcou contra o Palestino, do Chile, na Copa Sul-Americana

Flamengo x Sport
Candidato a ser o "9", Uribe marcou um gol desde que chegou ao Flamengo, contra o Sport, no Maracanã (Foto: Jorge Rodrigues/Eleven)

OS CANDIDATOS À "CAMISA 9" DO FLAMENGO NO PÓS-COPA

O contrato de Paolo Guerrero com o Flamengo se encerra nesta sexta. Longe de render o esperado pelo Rubro-Negro nos últimos meses, o atacante deixa de ser uma "sombra" para as demais opções de ataque. Nomes não faltam para Barbieri, mas, até agora, nenhum dos candidatos tomou conta da posição.

Henrique Dourado e Uribe já receberam chances entre os titulares. Enquanto o Ceifador perdeu espaço e pouco atuou após o Mundial, o colombiano ainda está adaptando-se ao estilo de jogo. Seu futebol ainda não convenceu, mas o atacante deve ser mantido no time principal para os próximos compromissos.

O ataque do Flamengo, como um todo, está em baixa após a Copa do Mundo. São oito gols em sete partidas (1,14), média baixa em relação ao período antes do Mundial, quando a equipes marcou 52 gols em 35 jogos (média de 1,49).

Lincoln e Uribe, com um gol cada, são os únicos atacantes que marcaram desde o retorno do futebol nacional. Lucas Paquetá (2), Everton Ribeiro (2), Matheus Savio e Réver também balançaram as redes rivais após o Mundial da Rússia.

HENRIQUE DOURADO

Contra o Santos, na Vila Belmiro, Henrique Dourado entrou aos 42 minutos da etapa final. Esta atuação pelo Campeonato Brasileiro foi toda participação do centroavante pelo Flamengo após a Copa do Mundo.

Para quem chegou com o status de artilheiro do Brasil e por R$ 16 milhões, o Ceifador está devendo, mas Barbieri reforçou a confiança no centroavante recentemente. "Vai nos ajudar muito", afirmou o treinador.

LINCOLN

Aos 17 anos, o garoto já começa a mostrar porque é considerado uma das grandes promessas das divisões de base da Gávea. Entrou em quatro jogos após o Mundial da Rússia, sempre depois dos 25 minutos do segundo tempo. Em Porto Alegre, marcou o gol do empate em 1 a 1, já nos acréscimos, contra o Grêmio pela Copa do Brasil.

Por conta da idade e inexperiência, é difícil imaginar que Lincoln assuma a titularidade neste momento, mas o garoto deve ganhar cada vez mais minutos em campo.

URIBE

Contratado durante a pausa para o Mundial, o atacante aproveitou a brecha criada pela ausência de Guerrero e conquistou a titularidade no time de Maurício Barbieri. São sete partidas pelo Flamengo - sendo cinco como titular - e um gol marcado, contra o Sport, na vitória por 4 a 1 no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro.

As atuações do colombiano, até agora, não foram de "encher os olhos". No entanto, Uribe ainda está em adaptação ao estilo de jogo do Flamengo e ao futebol brasileiro. Contra o Cruzeiro, na quarta, participou mais do jogo e só não marcou no Maracanã por conta das boas defesas de Fábio.

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