Nova Punição do Cruzeiro na FIFA pode ter sido para ‘dar exemplo’ e clube monitora caso Al Wahda

A Raposa observa a situação com clube árabe, que pediu rebaixamento dos mineiros por nao pagar 850 mil euros pelo empréstimo do volante Denílson, em 2016

Denílson, volante do Cruzeiro (Foto: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)
Denílson foi volante do Cruzeiro em 2016 e a dívida pelo seu empréstimo ainda não foi pago- (Foto: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

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A nova punição sofrida pelo Cruzeiro na FIFA, que impede o clube mineiro de registrar novos jogadores por não ter pago o Zorya, da Ucrânia, pouco mais de 1 milhão de euros(quase R$ 7 milhões), pode ter acontecido pelo histórico recente de processos abertos contra o clube na entidade máxima do futebol. Ou seja: o Cruzeiro pode ter sido punido para dar “exemplo” aos outros clubes sobre a rigidez dos processos na FIFA.

A Raposa está com pendências em pelo menos 10 ações, incluindo a que lhe tirou seis pontos na Série B por não ter honrado outro débito, desta vez com o Al Wahda, dos Emirados Árabes.

O superintendente jurídico da Raposa, Flávio Boson, admitiu que o histórico negativo possa ter sido um dos motivos para outra penalização, mesmo neste caso do Zorya, ter havido um engano.

-Tem gente que defende a pena em geral é para isso. Não haver repetições de ações semelhantes para induzir o bom comportamento. Porém, não diria que o Cruzeiro foi usado como bode expiatório. Como o clube era um “cliente” recorrente do tribunal nesses processos por ter um alto número de processos, pode ter influído nessa decisão da FIFA pelo histórico. Os juízes não conhecem meu histórico ou do presidente Sérgio Rodrigues, que está buscando ajustar e acertar essas pendências. A decisão pode ter acontecido nessa punição e na outra pelo histórico de pendências do clube com várias cobranças-disse Flávio Boson.

A Raposa alega que fez o acordo com os ucranianos, registrando no sistema da FIFA a anuência entre os clubes, não entendendo o motivo de não poder mais registrar atletas. O Zorya afirma não ter conhecimento do acordo, mas uma carta do ex-CEO do clube indica que havia sim ciência do caso, o que pode ser benéfico para a Raposa em reverter a pena.

Questionado como o Cruzeiro pode evitar essa experiência com os ucranianos de versões contraditórias sobre o acordo no processo mais importante no momento na FIFA, que é acertar a pendência com o Al Wahda, que poderá rebaixar o time mineiro, Boson, foi direto: monitorar cada passo das conversas com os árabes.

-Temos de fazer monitoramento diário nesse caso. Pedi inclusive de colocar o meu e-mail do clube para receber toda a situação envolvendo esse caso. Na hora que chegar o momento de resolver esse caso com o Al Wahda, com quem estamos mantendo conversa frequentes. Eles não tem sido ignorados. Não vamos deixar para resolver isso no momento do vencimento, tentando solucionar antes do prazo fatal, como se diz no linguajar jurídico. Mas, uma coisa o presidente Sérgio Rodrigues diz: “na minha gestão o Cruzeiro não será rebaixado à Série C”. E, estamos dialogando e monitorando esse processo e vamos conseguir resolver a tempo-completou Boson.

O time mineiro já fez mais de R$ 30 milhões em pagamentos, mas um em especial continua aberto: o débito com o Al Wahda, dos Emirados Árabes, no valor de R$ 5,3 milhões pelo empréstimo do volante Denilson, em 2016. O caso já provocou a perda de seis pontos na Série B, mas se não houver o pagamento final, o destino cruzeirense pode ser ainda pior com a queda para a Série C do Brasileiro.

O clube do Oriente Médio já avisou à FIFA quer quer o rebaixamento da Raposa, em solicitação oficial. Porém, a entidade máxima do futebol precisa aceitar o pedido e notificar o time mineiro.

Se a notificação acontecer, a Raposa terá 30 dias para solucionar o débito ou será rebaixada, mesmo no meio da disputa da Série B.

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