Médico do Timão diz não se assustar com número de infectados no clube

Dr. Ivan Grava, integrante do Departamento Médico do Corinthians, explicou ao programa "Troca de Passes", do SporTV, exame de "altíssima sensibilidade" que acusou os positivos

Ivan Grava - Corinthians TV
Ivan Grava explicou por que o alto número de positivos já era esperado pelo clube (Foto: Reprodução/Corinthians TV)

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Após realizar 190 testes de COVID-19 na última semana, o Corinthians detectou um alto número de infectados pela doença. Somente no elenco profissional, 21 dos 28 atletas tiveram contato com o vírus em algum momento, 13 deles se recuperaram e já estão imunizados, e outros oito estão em isolamento, se recuperando. Todos os casos assintomáticos. No entanto, o médico do clube, Dr. Ivan Grava, minimizou a preocupação em relação a essa quantidade.

Em entrevista ao programa "Trocas de Passes", do SporTV, na última terça-feira, Grava disse não ter se assustado com o alto número de infectados, uma vez que isso já era esperado por conta dos exames de "altíssima especificidade" escolhidos para serem feitos no Timão, evitando o risco de falsos negativos. 

- O número não assustou porque a gente já sabia que poderia dar um número mais alto, pois optamos em fazer dois tipos de testes, o PCR, que faz coleta com cotonete no nariz, e o sorológico, que mostra se o organismo formou anticorpo contra o vírus. Não quer dizer que todas essas pessoas ficaram doentes. Os 13 jogadores que tiveram contato com o vírus desenvolveram anticorpos. Para a gente foi um resultado esperado pelo tipo de teste, somando esses dois tem uma altíssima especificidade, deixando passar batido o menor número de casos possível - afirmou o médico corintiano.

O Dr. Ivan Grava se mostrou otimista quanto aos resultados, já que quanto maior o número de imunizados, menor o risco de contaminação, apesar de ainda não ser comprovada a duração desses anticorpos no organismo das pessoas. Mesmo assim, ele disse que o alto número de detecções no universo testado pelo Corinthians, até tranquilizou o departamento médico do clube.

- O teste que a gente fez foi exatamente para isso, altíssima sensibilidade para detectar o máximo possível. Se se confirmar que o anticorpo protege e dura um bom tempo, será muito bom para nós. Teoricamente, quanto mais pessoas com anticorpos melhor é contra a disseminação do vírus. Por exemplo, as funções das vacinas são produzir anticorpos nas pessoas para que a doença não chegue. Jogador apresentar anticorpo é bom, mas ainda temos que aguardar a ciência dizer quanto tempo vai durar. Mas é um dado positivo que até tranquilizou um pouco sabendo que muitos jogadores e funcionários já têm anticorpos - concluiu.

O Corinthians voltará a fazer testes nos próximos dias antes da retomada dos treinos em grupo e com bola, prevista para dia 1º de julho, segundo o governo do estado de São Paulo. Enquanto isso, o elenco passa por avaliações físicas no CT Joaquim Grava, após mais de 100 dias sem atividades no local.

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