Avelar defende Loss, divide culpa com elenco, e admite: ‘Momento delicado’

Lateral-esquerdo faz análise ponderada da fase do Corinthians, que não vence há três jogos no Campeonato Brasileiro. Ele diz que maior parcela de responsabilidade é dos atletas

Corinthians Danilo Avelar
Danilo Avelar em ação pelo Corinthians (Foto: © Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians)

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O técnico Osmar Loss tem defensores em meio aos maus resultados do Corinthians no Campeonato Brasileiro - a equipe não vence há três jogos. Nesta terça-feira, o lateral-esquerdo Danilo Avelar rebateu críticas ao comandante e colocou a maior parcela de culpa nos próprios jogadores. O Timão encara o Fluminense nesta quarta-feira no Maracanã.

- Com certeza nós, atletas, temos parcelas. Treinador, CIFUT, dão tudo para a gente trabalhar, e dentro de campo é a gente. É com a gente. Temos, sim, parcela e grande parcela de culpa. Podemos, sim, fazer melhor, porque é um grupo bom, humilde, que merece. Sabemos do momento de transição, perda de jogadores, mas não pode ser desculpa, porque estamos no meio do campeonato e só o resultado vai valer - avaliou o lateral.

O lateral-esquerdo disse que não há qualquer problema com Osmar Loss. Ele foi perguntado se o treinador não tinha o controle do vestiário, e elogiou a forma como o "amigo" trabalha neste sentido.

- Nunca encontrei um ambiente como aqui no Corinthians. A humildade que encontrei aqui, desde o roupeiro, cozinheiro, até presidente, comissão, isso é difícil de acontecer. Fiquei bem surpreso. A comissão está todo dia conversando como um amigo. Acho melhor o técnico que te vê mais como amigo, do que como patrão. Quando é tranquilo, o jogador passa a render mais tranquilo, do que com cobrança, pressão - disse.

- Ele tem muitas ideias, a gente entende muito o que ele fala, é muito preparado, tem todo o CIFUT que dá base para ele. Acredito que ele está bem preparado para apresentar suas ideias. Óbvio que não basta ele ter as ideias, vai de a gente fazer o que ele pede - completou.

A fase, porém, preocupa o jogador do Corinthians. Ele disse que a pressão de parte da torcida é comum por resultados e que cabe apenas aos atletas mudar o panorama.

- Em se tratando de Corinthians, pressão vai ter. A gente tenta não trazer para o campo, porque acho que não ajuda. Tem de estar tranquilo, cabeça boa, sabendo que tem de ganhar. Momento delicado, e a pressão não vai colaborar em nada - afirmou. 

Confira outros trechos da coletiva de Danilo Avelar, titular do Corinthians nesta quarta contra o Fluminense:

Elenco todo à disposição
São dúvidas boas para os treinadores. Pode fazer as melhores escolas, e a gente também tem de trabalhar mais forte, pela concorrência, e o treinador tem de escolher os melhores.

Gabriel perdeu a vaga porque está suspenso na Libertadores?
Nosso foco é 100% o Fluminense. Estamos em um momento em que não se pode pensar lá na frente. É jogo a jogo, não temos folga no Brasileiro ou na Libertadores, para pensar em outro campeonato. Temos que focar no que temos.

O que muda atuando com 9 ou sem 9?
Sinceramente, eu tendo um 9 de referência, para mim é uma válvula de escape, sabendo que tenho um 9 para um cruzamento. Caso contrário, tenho de buscar alternativa com quem está do meu lado.

Desempenho do ataque
Não acho que tenha a ver com questão de jogar sem 9, ou com 9. O time todo tem mais a dar. Ataque, defesa. Se uma parte não está boa, afeta as demais. Se eu estiver em dia iluminado, quem estiver do meu lado vai se beneficiar. Vai muito do time.

Situação no Campeonato Brasileiro
Faltam 18 jogos no Brasileiro, é muito jogo, tem muita coisa para acontecer. Claro que os números dizem que quem ganha o primeiro turno, ganha o campeonato. Mas são só números. Você pode fazer os fatos mudarem os números. Temos capacidade de ganhar o campeonato, basta fazer as coisas bem.

Pressão da torcida
Eu sei mais ou menos o que se passa, porque sou torcedor do Corinthians, então já sofri muito, antes de jogar aqui. A camisa tem muito nome, só a vitória basta. E a gente sabe que a torcida vai cobrar, e tem de ser assim. Time que quer ser campeão tem de ser cobrado sempre. E nós temos de reverter.

Avaliação de passagem pelo Corinthians até agora
Chegar já jogando não era um dos planos, em termos de adaptação. Com a saída do Sidcley, a adaptação teve de ser rápida. Acho que no começo pude demonstrar algo legal, consequentemente mostrei cansaço pela sequência de jogos. Posso melhorar, sei o que posso agregar com minha experiência na Europa. Se você consegue dar mais, tem de explorar mais o que o time pode oferecer.

Futebol brasileiro
Quando eu assistia pela televisão, parecia bem desorganizado, ainda mais para Itália, França. Mas, dentro de campo, é diferente. Aqui tem bem mais intensidade que na Europa. Claro que lá se refere mais a respeito tático. Aqui se usa mais improviso, o que complica para quem vai marcar como eu. Você não sabe o que ele vai fazer, ao contrário do europeu, que eu sei. Detalhes que fazem diferença.


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