Após ‘votação’, elenco do Corinthians não quer, por ora, retorno do futebol

Decisão democrática foi revelada pelo volante Richard, em live do UOL, na última sexta-feira. Jogador disse haver opiniões contrárias, mas desejo da maioria prevaleceu

Tiago Nunes tem cobrado muito dos jogadores do Corinthians neste início de semana
Elenco, por maioria dos votos, prefere manter o isolamento doméstico (Foto: Daniel Augusto Jr./ Ag. Corinthians)

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Muitas discussões cercam uma possível volta do calendário do futebol brasileiro, mesmo em um momento em que a pandemia de coronavírus parece longe de ser controlada. Alguns clubes já voltaram às atividades em seus CTs, outros, porém, só irão retornar com todos os avais das autoridades. O Corinthians é um deles e tem em seu elenco o apoio para se manter no isolamento, já que houve uma votação entre os jogadores para essa decisão.

Em entrevista em uma live no UOL, Richard, volante do Timão, revelou que líderes do grupo, como Cássio e Vagner Love, consultaram todos os atletas para saber se eles topavam ou não uma volta do futebol neste momento. Embora não tenha havido um consenso, a maioria decidiu pela manutenção da quarentena, pois não se sentiam seguros para o retorno às atividades.

- Acho que o Andrés Sanchez que falou que só vai voltar quando tiver o aval para voltar, lá no nosso grupo quem está mais na linha de frente é o Cássio, o Vagner Love, o pessoal mais experiente. Eles perguntaram para cada jogador e o desejo da maioria é não voltar, até pelas famílias, por nós mesmos, todo mundo está com certo medo, acho que é o normal. Alguns tem outra opinião, eu tenho a minha opinião formada, mas acho que o que prevalece é a opinião da maioria e a maioria optou por não votar, até pela situação que se encontra São Paulo, as notícias que saem, muita gente infectada... - contou.

Ainda sobre esse assunto, Richard relatou como é complicado para o jogador encarar esse momento, uma vez que ao mesmo tempo em que há uma enorme preocupação de saúde pelo alto risco de contágio de atletas e familiares, existe também a ansiedade para voltar a praticar a profissão, que há dois meses já estão longe, sem contar o fato de ser o sustento de muitos. Para o volante, em algum momento a decisão pela volta terá de ser tomada.

- É difícil a gente falar, porque nós pensamos muito mais na nossa família do que em nós mesmos. Ir em um treino desse e acabar se contaminando, passar para a nossa família, ou alguma coisa assim. Mas é complicado a gente falar, porque dois meses já é muito tempo para a gente que está sempre numa rotina de treino, de viagem, de jogo... Fica complicado para a gente dar opinião sobre isso. Eu, no meu modo de ver, na minha opinião, tem que ser tomada uma decisão, porque já passou muito tempo, a gente precisa disso, é o que a gente faz, é o nosso ganha pão, claro que tomando as precauções, pensando na saúde, na da nossa família, mas acho que vai chegar um certo momento que vai ter que dar o pontapé inicial para voltar - disse o meio-campista.

Enquanto isso, Richard e seus companheiros continuam treinando em suas casas, sob orientação da comissão técnica do clube, que já está em fase final da preparação planejada para o período. Ainda não há previsão para a retomada das atividades no CT Joaquim Grava. No estado de São Paulo, o governo estabeleceu quarentena até, pelo menos, o dia 31 de maio.

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