Há 25 anos, Corinthians retomava força decisiva em final da Copa do BR

Após acumular frustrações em momentos decisivos desde 1990, a equipe alvinegra abriu as finais da Copa do Brasil, em 14 de junho de 1995, batendo o Grêmio por 2 a 1, no Pacaembu

1995 - Marcelinho Carioca comandou o Corinthians, inclusive na final contra o Grêmio
Marcelinho Carioca fez os gols das vitórias nas duas partidas da decisão da Copa do Brasil de 1995 (PISCO DEL GAISO)

Escrito por

Há exatamente 25 anos, o Corinthians provava sua força em momentos decisivos depois de falhar em temporadas anteriores. O time, que acumulava fracasso quando esteve próximo de erguer troféus importantes desde o Campeonato Brasileiro de 1990, abria as finais da Copa do Brasil com uma vitória por 2 a 1 sobre o Grêmio, no Pacaembu, em 14 de junho de 1995.

Foi o primeiro passo para a conquista do segundo título nacional de relevância do clube. Depois do Brasileiro de 1990, o máximo que o Timão tinha conseguido era a Supercopa do Brasil de 1991, na qual, como atual campeão brasileiro, encarou o Flamengo, que venceu a Copa do Brasil de 1990, e ganhou por 1 a 0, gol de Neto, em partida única, no Morumbi. Fora isso, insucessos, inclusive consecutivos diante do arquirrival Palmeiras.

Em 1993, o Corinthians perdeu a decisão do Paulista para o Palmeiras e, no Brasileiro, também conquistado pelo rival, não chegou à final ao ser eliminado na fase anterior, em grupo no qual o Vitória avançou. Em 1994, outra derrota em decisão para o Palmeiras, desta vez no Campeonato Brasileiro.

A vingança diante da equipe alviverde veio no Paulista de 1995, mas as finais foram disputadas em agosto. Antes disso, houve a prova de força na Copa do Brasil, na qual o Corinthians ganhou, naquela temporada, a primeira de suas três taças na competição (voltaria a vencer em 2002 e 2009). Tudo começando pelo que ocorreu em um Pacaembu com mais de 25 mil pessoas, há 25 anos.

O Corinthians já tinha eliminado Operário-MT, Rio Branco-AC e Paraná até mostrar seu potencial na semifinal, passando pelo Vasco com vitórias por 1 a 0, no Maracanã, e 5 a 0 no Pacaembu. Na final, estava o Grêmio do técnico Luiz Felipe Scolari, que viria a ganhar a Libertadores daquele ano. Mas o torneio continental tinha as quartas de final a serem disputadas só em julho e, assim, os dois oponentes da decisão da Copa do Brasil estavam com força máxima.

No Pacaembu, após cobrança de falta ensaiada, Marcelinho Carioca já começou a ser o nome da decisão, cruzando na cabeça de Viola, que abriu o placar, aos 41 minutos do primeiro tempo, e dedicou o gol a Romário, que tinha voltado ao Brasil seis meses antes, para o Flamengo, após ser eleito o melhor do mundo pela Fifa. No segundo tempo, o zagueiro Henrique afastou mal, a bola voltou à área e Luís Carlos Goiano girou sobre Célio Silva para empatar, aos 20.

Seis minutos depois, em cobrança precisa no canto direito do goleiro Danrlei, que sequer se mexeu, Marcelinho Carioca garantiu a vitória. No fim, o hoje técnico Vagner Mancini, então volante do Grêmio, se envolveu em confusão e acabou expulso. A segunda final ocorreria uma semana depois e o Corinthians, precisando só empatar, venceu por 1 a 0 no Olímpico, com gol de Marcelinho, para ficar com o troféu. A sina de ir mal em decisões tinha acabado.

Veja os melhores momentos do jogo de 25 anos atrás, com imagens do SBT:

Confira a ficha técnica da partida disputada em 14 de junho de 1995:

FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 2 x 1 GRÊMIO

Local:
Pacaembu, São Paulo (SP)
Data: 14/6/1995
Público: 25.281 pagantes
Árbitro: Antônio Pereira da Silva (GO)
Cartões amarelos: Sylvinho, Célio Silva, Marcelinho Paulista (COR); Carlos Miguel, Rivarola, Luciano e Adílson (GRE)
Cartão vermelho: Vagner Mancini (GRE)
Gols: Viola (41'/1ºT) (1-0); Luís Carlos Goiano (20'/2ºT) (1-1) e Marcelinho Carioca (26'/2ºT) (2-1)

CORINTHIANS: Ronaldo; Vítor, Célio Silva, Henrique e Sylvinho; Bernardo (Ezequiel), Marcelinho Paulista e Souza; Marcelinho Carioca, Viola e Fabinho (Elivélton). Técnico: Eduardo Amorim

GRÊMIO: Danrlei; Arce, Rivarola, Luciano e Carlos Miguel; Dinho (Gélson), Adílson, Luís Carlos Goiano e Alexandre; Paulo Nunes (Vágner Mancini) e Jardel. Técnico: Luiz Felipe Scolari

News do Lance!

Receba boletins diários no seu e-mail para ficar por dentro do que rola no mundo dos esportes e no seu time do coração!

backgroundNewsletter