Papo com Helio Castroneves: overdose de carinho

Piloto brasileiro fala sobre suas atividades no automobilismo e agradece o carinho dos fãs

Helio Castroneves
Helio Castroneves distribui autógrafos para seus fãs (Foto: Trevis Hinkle)

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Olá, amigos, tudo bem? Como eu já havia contado para vocês algumas colunas atrás, essas semanas estão sendo dedicadas para visitas aos patrocinadores que apoiam a Meyer Shank Racing. Hoje, quero aproveitar para falar um pouco mais detalhadamente sobre essas atividades.

A Meyer Shank Racing, como vocês sabem, compete na Fórmula Indy (NTT IndyCar Series) e no campeonato de protótipos, o IMSA WeatherTech SportsCar Championship. Praticamente todos os nossos parceiros estão nos dois campeonatos, o que amplia muito o relacionamento.

Durante as corridas, principalmente quando estamos cumprindo etapas nas regiões onde os patrocinadores estão localizados, são realizadas diversas atividades promocionais, mas sempre é numa correria danada porque a programação na pista é sempre bastante intensa.

Agora, porém, quando a temporada já terminou, existe a possibilidade de fazer desses eventos algo mais intenso e planejado. E bota intenso nisso! É emocionante sentir a dose avassaladora de carinho que a gente recebe em cada visita dessas.

Para início de conversa, é comum chegar na empresa e encontrá-la toda decorada em sua homenagem. É uma oportunidade rara que tenho de conhecer os funcionários, visitar as instalações, saber como são os processos industriais e, sobretudo, conversar com as pessoas.

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São incríveis as histórias que ouço e muitas vezes os funcionários trazem fotos que tiraram comigo há vários anos e que guardam com carinho até hoje. Há aqueles que nunca foram numa corrida, mas o tratamento dispensado é como se você fosse membro das famílias delas, pois durante anos te acompanharam pela TV.

E por falar em TV, às vezes fico sem saber se a pessoa é fã do piloto ou do dançarino que também pilota carro de corrida. Sim, isso acontece porque é absolutamente incrível a audiência do Dancing With The Stars, que venci em 2007.

Obviamente que eu já era conhecido como piloto, mas muita gente nem me conhecia porque não era ligada ao esporte. Mas depois do DWTS, passei a ser uma pessoa conhecida no país inteiro de uma forma que eu jamais imaginei que pudesse acontecer.

Mas por que estou contando tudo isso? É para reforçar a importância dos patrocinadores e dos fãs. Quando uma empresa decide investir parte dos seus recursos numa equipe como a Meyer Shank Racing, não se trata apenas de uma relação comercial. Não, é muito mais do que isso.

As empresas são formadas por pessoas que, muitas vezes, consideram os colegas de trabalho como parte de uma segunda família. É essa energia que chega até o piloto e faz uma diferença brutal quando é hora de acelerar.

Na verdade, quando participo desses eventos, com as caraterística que descrevi acima, há uma troca incrível de energia, mas posso assegurar para vocês que o grande beneficiado sou eu mesmo, pois saio mais leve e com o coração transbordando de felicidade, tamanha é a overdose de carinho que recebo.

É por isso que continuo acelerando. Acelero por mim, pela equipe, pelos patrocinadores e, sobretudo, pelas pessoas que na maioria das vezes você nem conhece, mas que estão do seu lado incondicionalmente, esteja vencendo ou não. Poder viver tudo isso faz de mim um homem abençoado e agradeço a Deus todos os dias por fazer o que amo e poder retribuir, na medida do possível, tudo o que recebo dessas pessoas maravilhosas.

É isso, meus amigos, por hoje é só. Forte abraço a todos e até semana que vem.

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