Sobrevivente da Chape vai à Justiça após receber 11% de seguro da CBF

Neto, de 34 anos, estuda entrar com ação para receber sinistro integral referente ao acidente no voo LaMia 2933, que deixou 71 vítimas em novembro de 2016

Neto - Chapecoense
Neto segue na luta para retomar a carreira no futebol (Foto: Divulgação/Chapecoense)

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O acidente no voo LaMia 2933, envolvendo o avião da Chapecoense, está perto de completar três anos. E só agora, Neto, último sobrevivente resgatado da tragédia que vitimou 71 pessoas, recebeu o seguro de vida contratado pela CBF. Mas, segundo a reportagem da "Folha de São Paulo", publicada nesta sexta-feira, somente uma pequena parte do valor foi pago.

A apólice da Prudential, empresa contratada, estaria responsável por pagar ao jogador a quantia equivalente a 12 meses de salários na época do contrato (cerca de R$ 500 mil). Porém, teria arcado com somente R$ 55 mil, referente a 11,25% do total.

Zagueiro Neto
Neto foi o último sobrevivente resgatado após acidente aéreo (Foto: Divulgação/Chapecoense)

Agora, Neto, que sofre com sequelas do acidente e ainda busca retornar ao futebol, contesta os valores recebidos e, de acordo com a publicação, estuda entrar na Justiça. À "Folha", o empresário do atleta, Marcel Camilo, disse que a decisão não considerou o acidente e seus agravantes, os quais tiraram seu cliente de ação e o comprometem profissionalmente.

- Exames mostram as sequelas sofridas pelo Neto, que está se aproximando do final da carreira. Não voltou a jogar e não poderá mais ser um atleta de alto nível, o que ele era no momento do acidente. Nós esperávamos que fosse usado o mesmo critério do (Jackson) Follman, (outro sobrevivente) que recebeu o seguro em menos tempo e no valor de 100% da apólice - disse o advogado, que promete entrar com uma ação caso a decisão não seja revisada.

Ainda segundo o veículo, a apólice foi feita pela CBF com o Itaú com validade de um ano a partir de 1º de março de 2016. Meses depois, o Itaú venderia a carteira de seguros acordados com a Confederação para a companhia Prudential.

Desta forma, assessoria do Itaú afirma que a instituição não tem qualquer relação com o pagamento do sinistro e que o assunto deve ser tratado diretamente com a Prudential.

Em declaração para a "Folha", a seguradora diz que o pagamento foi realizado com base no “laudo médico enviado pelo próprio segurado”.

- Após perícia médica realizada pela Prudential, ficou confirmado o quadro de invalidez parcial decorrente do acidente, com redução funcional na coluna vertebral e no joelho direito - explicou a empresa, por meio de sua assessoria.

A CBF afirma ter entrado em contato com a seguradora para apurar o caso.

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