Textor exalta chegada de Lage, avalia possibilidade de reforços e garante: ‘Campeonatos vêm do amor, não do medo’

Acionista da SAF exalta treinador português e fala sobre reforços em coletiva

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'Vocês não vão encontrar medo nesse clube', diz Textor (Foto: Vinícius Faustini / Lance!)

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O acionista do Botafogo, John Textor, traçou suas perspectivas diante da chegada de Bruno Lage. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (12), o empresário revelou que estava diante de algo fora do habitual em sua rotina no futebol.

- É uma situação muito única, não consigo lembrar de um treinador chegando em um time que está no topo da tabela e perdeu o treinador. Momento pouco comum, quis trazer alguém muito rápido para manter o Botafogo no caminho que ele está - afirmou.

Textor rechaçou que tenha receio de que a mudança do Alvinegro possa trazer dores de cabeça na campanha do Glorioso.

- Me perguntam se eu não tenho medo da mudança. Medo do que, exatamente? Porque o Botafogo está ganhando. O medo é inevitável.. Eu pedi para ele vir e continuar a mudança. Continuar o projeto e fazer esse time um vencedor sustentável. É necessário a mudança para continuar ganhando. Alguns jogos, nós ganhamos no coração. Você vê o jogo contra o Grêmio. Como não fomos para o intervalo perdendo por dois ou três? - disse.

O empresário traçou a perspectiva em relação ao elenco. E foi categórico.

- Não há planos de perder jogadores. Estamos buscando reforçar o elenco nessa janela de transferências. Temos um dos melhores scouts que eu já tive o prazer de trabalhar. Eu lembro vocês de novo, campeonatos vêm do amor e da fé, não do medo - e ratificou:

- Vocês não vão encontrar medo nesse clube. No momento mais difícil, no Carioca, existia muito medo. E não mudamos o treinador porque o vestiário é incrível e tem jogadores que acreditam muito. Conseguimos transformar o Nilton Santos em um casa de amor e muito apoio - completou.

John Textor falou sobre a possibilidade do Alvinegro trazer novos reforços.

- Eu não falo especificamente sobre novos jogadores. Tem alguns setores que precisamos de jogadores. Aqui no Brasil, cartões amarelos são dados com muita frequência, então temos alguns jogadores pendurados sempre. É incrível o quão rápido você fica sem profundidade em alguns setores. Então é nesses que estamos buscando - disse.

Além disso, falou sobre o planejamento para contratar jogadores.

-  Você nunca sabe, se o jogador certo aparecer nessa janela, ou na próxima. Mas há também uma situação em que nosso líderes no meio-campo se machucam, ou são suspensos. O estilo de jogo muda muito com a perda de algum desses jogadores. Eu peço pro scout imaginar o que acontece se perdermos jogador X ou Y. Como podemos fazer uma transição. Todo mundo deveria olhar para o Alessandro e agradecer pelo ótimo trabalho que ele vem fazendo - afirmou.

Textor frisou que isso passa por um planejamento com investimento pesado.

- A folha salarial é pesada, e precisa rodar os jogadores. A expectativa é que sim, pelas suspensões por cartões amarelo, lesões, sequência de jogos pesada. Tem um dinheiro da folha de pagamento, e dos reforços. Por ter investido e feito isso, o time vem crescendo e entregando o que entrega agora - disse e, em seguida, brincou:

- Quanto ao dinheiro de transferência, mudou de ida, falava-se de James e Cavani, mas Brito e Mazzuco conversaram sobre trazer jogadores anônimos, que a torcida inclusive canta os nomes desses jogadores depois - e cantou a música feita para Segovinha.

O empresário falou sobre o que o move no futebol.

- Olhem o elenco atual. O que eu aprendi sendo dono de clubes. Se compra jogadores por milhões e não se "lucra" com isso, mas acredito já ter no elenco. São poucos jogadores que chegam do mercado europeu e valem mais depois. Por isso que amo o projeto de desenvolvimento, chegam desconhecidos, sobem da base. Esse é o projeto que eu amo - disse, citando Matías Segovia e Diego Hernández.

John Textor reconheceu que há dificuldade quanto às melhorias do CT Lonier.

- Está demorando mais do que a gente esperava, mas é como as coisas são. A cidade vai ceder um terreno e o tempo da política é assim. Nós colocamos um pouco de dinheiro no Lonier no último ano para ficar em um nível melhor, mas não é mais a nossa prioridade. Nossa relação com os Moreira Salles é muito boa, são os torcedores mais apaixonados que eu já vi. Está tudo encaminhado, a gente tenta acelerar o processo pelo novo terreno. Sei que vocês viram os desenhos de como a estrtura será. A primeira na América do Sul com colaboração entre um time brasileiro e um europeu. Estamos tentando acelerar - pontuou.

Em seguida, destacou que a questão do CEO da SAF não o preocupa.

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- Estamos muito bem com o Thairo, então não me preocupo com o CEO como a maior parte das pessoas. Assinamos grandes contratos, melhoramos o engajamento dos torceodres. Conseguimos coisas ótimas com Thairo na liderança. Não tenho pressa, porque não estou desapontado com a liderança. Vamos ver nas próximas semanas. Contratamos uma agência, a CAA. Então vocês vão começar a ouvir nomes nas próximas seis ou sete semanas.

O acionista da SAF, porém, se mostrou otimista com os uniformes da Reebok.

- Fiquei muito feliz com a versão final dos uniformes. Vão ser feitas as fotografias e o site está sendo refeito para atender melhor os clientes em termos de vendas. Estamos falando dos últimos dias - disse.

 

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