Números despencam e evidenciam queda do Botafogo após a Copa América

Glorioso chegou a frequentar o G6 antes da competição de seleções, mas naufragou em todos os aspectos depois do retorno do Brasileirão.

Bahia x Botafogo
Jogadores do Botafogo reunidos antes do confronto contra o Bahia (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

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O Botafogo começou o Campeonato Brasileiro sob otimismo da torcida. Afinal de contas, a fase antes da Copa América foi cercada de expectativa. Em nove jogos, cinco vitórias e quatro derrotas. O time parecia revigorado com a saída de Zé Ricardo e a chegada de Eduardo Barroca. A pausa para a competição de seleções viu o Glorioso na 7ª colocação, com 15 pontos.  O G6 só não foi realidade por mais tempo devido à derrota para o Grêmio por 1 a 0, na 9ª rodada, a última pré-Copa.

O que deveria servir como combustível para uma evolução, na verdade, ativou uma bomba. A inter-temporada viu o elenco se revoltar publicamente e aderir a uma "lei do silêncio", em protesto contra os meses de salários atrasados. Dentro de campo, o pós-Copa América foi uma coleção de decepção. Erik, que vinha sendo o destaque da equipe no ano, se transferiu ao Yokohama. E o principal é que a sequência de bons resultados não foi vista. Em 14 jogos, somente três vitórias e oito derrotas. A última, nesse domingo, para o Fluminense, por 1 a 0, no Nilton Santos, resultou na demissão de Barroca.

Confira a tabela de classificação do Campeonato Brasileiro

Atualmente o Botafogo é o 12º colocado com 27 pontos. O positivo aproveitamento nas nove primeiras rodadas caiu substancialmente: de 55% para 28,5%. Números que explicam em boa parte a queda do treinador, que viu seu esquema com três volantes estagnar, sobretudo sem Alex Santana, artilheiro do time no Brasileiro com cinco gols.

Outras estatísticas também expõem o delicado momento do Botafogo. Na comparação pré e pós Copa América, o time sofre mais gols e marca menos, atualmente. Antes, balançou as redes oito vezes e sofreu oito, o que dava uma média de 0,8 por jogo. Depois, passou a sofrer em média 1,21 (17 gols sofreu na volta da temporada) e marcar 0,7 (11 gols).

A saída de Barroca está longe de ser o fim dos problemas, que também envolve a parte do extracampo. O elenco queria a permanência do treinador, mas a decisão da diretoria, embora não fosse unânime, pesou. Enquanto corre atrás de um treinador, o auxiliar-permanente Bruno Lazaroni comanda a equipe diante do Goiás, na quarta-feira, às 19h15, no Nilton Santos.

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