Muita criação, pouca pontaria… Erros nas conclusões mais uma vez custam caro ao Botafogo

Alvinegro tem maior posse de bola, ronda defesa do Athletico-PR, mas se atrapalha em postura pouco efetiva e segue mergulhado no Z4 no Brasileiro

Botafogo x Athletico-PR
Equipe de Eduardo Barroca segue pouco efetiva (Foto: Mauricio Pingo/Photo Premium)

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Foram 20 finalizações, com ao menos quatro chances reais de gol. O Botafogo criou como nunca, mas foi superado como sempre. No revés por 2 a 0 para Athletico-PR, na última quarta-feira, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro, pode-se dizer que o Alvinegro também perdeu para suas limitações.

Seu desempenho diante da equipe comandada por Paulo Autuori (ex-técnico do próprio Glorioso) foi marcado oportunidades claras de gol e chances ainda mais vistosas desperdiçadas. Somente dos pés de Salomon Kalou, que teve mais uma partida para esquecer com a camisa do Alvinegro, saíram três chances.


Os números são alarmantes não só porque Botafogo segue estacionado na 19ª colocação, somando 23 pontos (e a cinco pontos de se afastar da zona de rebaixamento). O Alvinegro, de acordo com o aplicativo “SofaScore”, é o terceiro time que mais desperdiça chances claras de gol no Campeonato Brasileiro.

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Eduardo Barroca, treinador do Botafogo, tocou bastante no ponto da posse de bola durante a coletiva de imprensa após a derrota para o Athletico-PR. Por muitas vezes, o Alvinegro tem a bola no pé, mas não sabe o que fazer. Diante do Furacão, o goleiro Santos foi apenas exigido com mais clareza no segundo tempo, em jogadas que surgiram principalmente por meio de cruzamentos.

Há, ainda, uma inconsistência na própria equipe: Barroca parece não ter encontrado uma espinha dorsal de confiança e, por isto, repete poucas escalações. Por exemplo: diante do Corinthians, começou com Warley, uma opção de velocidade, no ataque; para o duelo contra o Furacão, o escolhido foi Kalou, um atleta de mala candência e dribles em espaço curto.

Os problemas mais nítidos em campo no Botafogo acontecem nas transições nas fases da partida. O time é lento para puxar um contra-ataque e se atrapalha para tentar uma bola longa para encarar a defesa adversária desarrumada. Já defensivamente, é muito devagar e se desorganiza com facilidade em um contra-ataque adversário. Prova disto foi a jogada de Nikão que culminou no gol de Renato Kayzer.

Com problemas com a bola no pé e sofrimento nas fases de transição, majoritariamente sem a posse da bola, era praticamente impossível prever um cenário de vitória para o Botafogo. Do mesmo jeito que se torna cada vez mais complicado vislumbrar algum tipo de reação alvinegra contra o rebaixamento.

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