Insatisfação: elenco do Botafogo ‘protesta’ pela terceira vez no ano

Jogadores resolveram não participar de ações de marketing por conta da situação dos funcionários; esta, porém, não foi a primeira vez que os atletas 'bateram o pé' oficialmente

Botafogo - elenco
Jogadores estão insatisfeitos com os atrasos salariais e a situação dos funcionários (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

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Os jogadores do Botafogo resolveram se pronunciar. Na última quinta-feira, antes do treino realizado no Estádio Nilton Santos, Carli, Gabriel e João Paulo falaram, em nome do elenco, que estão insatisfeitos com os atrasos salariais - que completam dois meses em débito nesta sexta-feira - e, mais ainda, com a situação dos funcionários do clube: muitos, sem receber, não possuem dinheiro para locomoção e buscam fontes de renda no trabalho informal.

Esta, porém, não foi a primeira vez que os jogadores se pronunciaram oficialmente em tom de protesto na atual temporada. Na verdade, o elenco do Glorioso já havia externado a insatisfação com a situação financeira vivida nas bandas de General Severiano e a falta de uma perspectiva por parte da diretoria em outras duas oportunidades.

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A primeira demonstração de insatisfação ocorreu em abril. Na ocasião, os jogadores resolveram não se concentrar para a partida contra o Juventude, pela terceira fase da Copa do Brasil, no Estádio Nilton Santos, por uma situação semelhante: dois meses de salários atrasados - à época, referentes aos meses de fevereiro e março.

Dois meses depois, um movimento mais forte ocorreu. Perto dos três meses de atrasos salariais e sem nenhuma perspectiva de melhora por parte da diretoria, os jogadores adotaram uma "greve de silêncio", sem dar nenhuma entrevista ou participar de ação de marketing. Três semanas depois, antes da partida contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro, a diretoria quitou parte dos atrasados e os atletas voltaram a se pronunciar.

Talvez por reconhecerem a complicada situação do clube, os jogadores nunca realizaram os protestos propriamente pelos atrasos salariais, mas sim pela mínima perspectiva de melhora por parte da diretoria, que, por sua vez, afirma que procura alternativas. Em junho, a falta de uma resposta concreta dos dirigentes foi o estopim para o começo da greve de silêncio; agora, a questão dos funcionários, que também estão dois meses sem receber, veio à tona.

Antes de anunciarem o terceiro protesto, os jogadores tiveram uma reunião para debater a questão dos funcionários. Internamente, os atletas não gostam da forma como muitos trabalhadores estão e procuraram até em ajudar de forma independente, seja emprestando dinheiro ou doando cestas básicas. A questão é que, mais uma vez, os jogadores, chateados pela situação do clube, resolveram se pronunciar oficialmente.

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