Família e mudança: os motivos para o ‘não’ de Yaya Touré ao Botafogo

Esposa do jogador, Gineba Touré, não era fã da ideia de se mudar ao Rio de Janeiro; vida estável em Londres foi outro ponto que jogou contra o Alvinegro na negociação

Yaya Touré - Olympiacos
Yaya Touré atuou no futebol grego em duas oportunidades (Foto: Reprodução)

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Três semanas se passaram e Yaya Touré deu uma resposta negativa ao Botafogo. Entre o fato do jogador ter sido oferecido pelo empresário Marcos Leite e as tamanhas exigências feitas pelo meio-campistas, muitas coisas pesaram na cabeça do marfinense antes de dizer não. Entre elas, a decisão da família de não querer passar por outra mudança impactante de vida.

Yaya Touré jogou no Qingdao Huanghai, da segunda divisão da China, durante 2019. Antes, o marfinense esteve no Olympiakos-GRE. A mudança da Europa para a Ásia já foi sentida, tanto é que o meio-campista passou longe de renovar seu vínculo com a equipe, ficando sem clube após o final da temporada. 

A família de Yaya - formada por Gineba, sua esposa, e Dimitri, o filho - mora em Londres, capital inglesa, país que o marfinense atuou entre 2010 e 2018. A questão da adaptação com a língua e a boa adaptação do primogênito na escola foram decisões que pesaram. A mulher, principalmente, era contra passar por outra mudança de país.

Yaya Touré até mostrou animação com a possibilidade de jogar no futebol brasileiro, mas a questão financeira também entrou em pauta. Ao descobrir a taxa de impostos do país, de 27,5%, o marfinense pediu um salário maior em relação ao valor que já havia sido previamente acordado com a diretoria do Alvinegro. O Comitê Executivo de Futebol aceitou os novos números, mas mesmo assim o jogador ficou relutante em aceitar.

As seguidas demoras e exigências de Yaya Touré chegaram a irritar a diretoria, que, animada no começo das conversas, passou a ficar um pouco desacreditada em um desfecho feliz. Dito e feito. Ricardo Rotenberg, VP Geral e Marketing do Glorioso, chegou a conversar o empresário do marfinense com a esperança de reverter a situação de última hora, mas não logrou êxito.

Durante as conversas, o marfinense pediu, ao menos, três reajustes salariais e o Botafogo, esperançoso em um desfecho positivo e em ir atrás de mais um reforço de peso, aceitou - ou, pelo menos, renegociou tais termos. O Alvinegro não vai deixar as portas fechadas, mas, ao mesmo lado, não ficará à mercê de uma resposta do marfinense. Por isto, as negociações foram fechadas.

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