Dirigente do Botafogo comenta sobre Matheus Fernandes, CT e Irmãos Moreira Salles

Diretor da base do Glorioso explica a necessidade que fez Matheus Fernandes ser vendido, quando o local de treinos deve mudar e sobre a possível 'terceirização' do futebol alvinegro

Manoel Renha
Manoel Renha é diretor geral da base alvinegra desde 2015, e um dos mais influentes do clube (Divulgação)

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A venda de Matheus Fernandes para o Palmeiras, que falta apenas ser oficializada, vai tirar do Botafogo um dos jogadores mais utilizados. Por outro lado, é uma operação necessária para aliviar as contas do clube. O diretor geral da base alvinegra, Manoel Renha, espera uma melhora na condição financeira do clube, mas sabe que isso não vai mudar da noite para o dia.

- Tenho falado há alguns anos. Temos que formar e vender para o mercado. Espero ver, em médio prazo, o Botafogo ser um clube comprador. Não é a nossa realidade. Temos que vender até para equacionar a situação financeira do clube - explicou, em entrevista à Rádio Brasil. E completou:

- O Matheus, quando eu cheguei (2015, para a função) ele já estava aqui, e se desenvolveu tecnicamente, tinha idade de sub-20 até esse ano. Oscilou, como todo menino, mas, nesse fim de Brasileiro, se destacou. Já vinha sendo monitorado pelo mercado até do exterior. Claro que, se tivesse condição, era melhor mantê-lo por um tempo maior - lamentou.

Um dos momentos mais aguardados pelo torcedor botafoguense é o da mudança para o novo centro de treinamentos, em Vargem Pequena. O Espaço Lonier foi adquirido no fim do ano passado, mas a mudança para a nova casa dos times profissionais e de base ainda deve demorar.

- Quando estiver funcionando, vão estar lá desde o sub-11 até o profissional, mas leva tempo. Os campos devem ficar prontos só no fim de março ou abril. E a base não pode mudar a qualquer momento, até porque tem escola. Mas sub-20 e profissional já poderiam utilizar desde que se tenha um mínimo de infraestrutura pronta. Eu diria que, de forma bem pé no chão e com "vento a favor", em janeiro de 2020 a base toda estará lá - ampliou Renha.

Outro tema que ganhou força nos últimos tempos foi a possibilidade de os Irmãos Moreira Salles, donos de algumas das maiores fortunas do país, assumirem o departamento do futebol do Glorioso. Conforme o LANCE! vem mostrando nos últimos meses, o tema é complexo. E o dirigente prega calma aos torcedores.

- Isso é um projeto no qual as pessoas estão colocando um pouquinho a carroça na frente dos bois. Passa por um processo de virar S/A (sociedade anônima), da mesma forma como vários clubes  europeus se fortaleceram. Tem clube na Inglaterra que o dono é chinês. Como empresa, passa ter um aporte financeiro maior. No modelo que existe hoje vamos ficar dando murro em ponta de faca. Então passa por virar clube-empresa e eles (Moreira Salles) investirem como presidentes. Se isso acontecer vai ser diferente porque são dois botafoguenses dispostos a fazer pelo amor ao clube. Se vão fazer, vai depender do estudo (contratado junto à Ernst & Young). Se os irmãos entenderem que é positivo. Ainda está bem embrionário. Tem saído muita coisa como se fosse liquido e certo, e não é - entende o dirigente. E finalizou:

- O caminho é longo. É uma decisão deles desde que o modelo agrade. Se eles concordarem, passa para o clube aprovar o modelo. Mas seria interessante e é um caminho muito positivo para o clube. Não é uma coisa rápida e tem muita questão politica e de entendimento dos associados de que é possível - afirmou.

O time sub-20 do Botafogo perdeu o técnico Felipe Lucena na última semana, quando ele rumou para ser auxiliar-técnico do time profissional do Goiás. Ainda não há nome definido para substituí-lo para a Copa São Paulo, que começa em janeiro.

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