Ídolo, presidente, isolamento e retorno: Dinamite faz aniversário

Do "Garoto-Dinamite" ao ex-presidente, jogador mais emblemático da história do Vasco está na história, e de volta aos holofotes de maneira positiva

Roberto Dinamite
Roberto Dinamite é amado por vascaínos de diferentes gerações (Rafael Arantes / Lancepress)

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Roberto Dinamite, ídolo maior do Vasco, completa 66 anos nesta segunda-feira, 13 de abril. Com a vida inteira ligada ao clube de São Januário, o ex-atacante está de volta ao noticiário cruz-maltino de forma positiva há cerca de um ano, após sequência de acontecimentos.

A carreira do "Garoto-Dinamite" foi marcada por gols, gols, mais gols e outros gols. Artilharia de campeonatos, o maior goleador do clube (708), maior número de jogos com a cruz de malta (1.110), participação no primeiro título brasileiro, retorno ao Brasil em grande forma. Entrou para a história.

Aposentado, começou a se envolver com as política vascaína. Foi aliado, depois adversário histórico do igualmente lendário Eurico Miranda, morto há um ano. Em 2008, ano do primeiro rebaixamento do Cruz-Maltino, o time mostrava dificuldades, mas estava no meio da tabela do Campeonato Brasileiro quando a cadeira da presidência passou do eterno dirigente ao ídolo alçado.

Dinamite fora sustentado por apoiadores poderosos nos bastidores vascaínos e, no primeiro mandato, o time de futebol, após cair, foi campeão da Série B com amplo apoio da torcida. Dois anos depois, o título da Copa do Brasil se tornaria uma realidade.

No segundo mandato, porém, Dinamite se isolou, buscou outros parceiros e a crise financeira voltou a ser proibitiva ao sucesso da equipe de futebol. Entre erros e um novo rebaixamento, ficou com a imagem mais do que arranhada. Na eleição de 2014, uma cena chamou atenção: o ex-jogador foi votar e adversários lhe viraram o rosto, evitando cumprimento até com o olhar.

A derrocada era pública. Também na política pública, após seguidas eleições, ficou sem cargo na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Com Eurico de volta à presidência, as alusões a uma "herança maldita" deixada por Dinamite era citada volta e meia.

Mas aí Alexandre Campello foi eleito. Após período recluso, Roberto Dinamite voltou a ser visto em São Januário. Chegou a acompanhar treinos à beira do gramado que tanto conhece. Voltou a ser reconhecido por toda felicidade que deu à torcida.

Roberto Dinamite é dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro: incontestável. Como dirigente, cometeu erros e acertos que dividem opiniões.

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