Falhas seguidas não abalam moral de Desábato, preparado para o clássico

Volante que impressionou no Carioca caiu  de rendimento após eliminação na Libertadores, mas segue absoluto com Zé Ricardo. Chance de reafirmação surge  contra o Flamengo

Desábato durante treino no CT das Vargens
Paulo Fernandes/Vasco.com.br

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O Vasco, atualmente, possui a pior defesa da temporada entre os clubes que disputam a Série A. A paciência da torcida se esgotou com a maioria do sistema defensivo: sejam laterais, zagueiros ou volantes. Porém, um jogador além de Martin Silva, segue com crédito entre os vascaínos mesmo com o momento ruim do setor: o argentino Leandro Desábato.

Contratado em janeiro sem grandes expectativas, Desábato foi uma grata surpresa. Logo nos primeiros jogos, impressionou. Credenciado como 'cão de guarda', o camisa 5, na verdade, se destacou em outro quesito - o toque de bola cadenciado e a visão de jogo mesmo atuando atrás do meio de campo. Ele explica a rápida adaptação ao clube.

- Na Argentina não tem tanto espaço como por aqui. Na minha posição de volante, tenho mais liberdade no Brasil. Lá é mais intenso, mais pressão e não tem espaço, tem sempre alguém em cima. No futebol brasileiro se joga mais com a bola no pé e não é tao bruto - afirma o camisa 5.

Os números chamam atenção. Em apenas 25 partidas pelo Vasco, Desábato já distribuiu 1.118 passes certos - média de 44 por jogo. Neste Brasileirão, deu até assistência direta para gol de Kelvin, contra o América-MG. Por outro lado, recebeu nove cartões amarelos e um vermelho logo em jogo decisivo pela Libertadores, contra o Racing, em casa. 

O início na Colina é promissor pelas atuações individuais. No Carioca, ganhou o prêmio de melhor volante na competição. O futebol, porém, é dinâmico e os cinco meses de Vasco não garantem uma idolatria da torcida. Um clássico contra o Flamengo, no Maracanã lotado, pode ser um divisor de águas na trajetória do argentino em solo brasileiro.

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A eliminação precoce na Libertadores foi sentida pelo elenco. As crises internas na política também refletiram em campo. A confiança do grupo caiu e até mesmo Desábato, xodó da torcida, teve queda de rendimento. Após quatro meses irretocáveis no Vasco, as primeiras falhas surgiram. As vaias para toda equipe não incomodam o jogador. 

- Crises acontecem em todo clube. Quando um time perde ou não agrada a torcida, é normal que aconteça. Estamos dando o melhor dentro de campo, 100% sempre. Estamos tristes pela Libertadores, mas temos certeza que vencendo a La U, teremos chance na Sul-Americana.

Depois da Libertadores, em que o volante foi expulso, o jogador falhou em dois jogos seguidos justamente em sua especialidade - a saída de bola. Contra o Bahia, na Copa do Brasil, foi desarmado por Zé Rafael e viu Vinícius ampliar o placar. Dias depois, contra o Vitória no Brasileirão, deixou Martin Silva na fogueira e André Lima colocou nas redes. 

Uma vitória no clássico pode fazer o time ir do inferno ao céu. Além de vencer um rival, os três pontos deixam o Vasco no topo da tabela do Brasileirão mesmo com um jogo a menos. Na estreia de Desábato no Maracanã, em janeiro, contra o próprio Flamengo, atuação convincente e sem gols sofridos. Nada como um dia após o outro

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