Derrota política de Campello realça a fragmentação do Vasco

Presidente do Cruz-Maltino viu a oposição esvaziar reunião que, provavelmente, resultaria na aprovação de empréstimo de R$20 milhões. Futuro dos bastidores é imprevisível

Alexandre Campello e Roberto Monteiro. Confira a seguir a galeria especial do LANCE!
Alexandre Campello e Roberto Monteiro são adversários políticos (Paulo Fernandes/Vasco.com.br e Divulgação)

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Diferentemente da reunião da semana passada, a noite desta terça-feira, no Conselho Deliberativo do Vasco, terminou em derrota para o presidente do clube, Alexandre Campello. E o revés político, no dia em que poderia ser aprovado empréstimo de R$20 milhões, deixou claro também o quão incerto está o rumo político - que influencia, consequentemente, no andamento de diferentes departamentos - do clube.

Na reunião anterior, na qual poderia ter sido aberta sindicância contra o mandatário - o que teria resultado no declarado pedido de renúncia do presidente - 202 conselheiros se fizeram presentes. Desta vez, somente 126. Dois dos grupos políticos cujas ausências de integrantes foram mais significantes foram o Sempre Vasco, liderado por Julio Brant, e o Identidade Vasco, de Roberto Monteiro.

Do primeiro, cerca de metade não foi nesta terça. Do segundo, quase todos faltaram. O isolamento de Alexandre Campello no cargo já esteve mais latente. Apesar de discordâncias, o tradicional grupo Casaca declarou que votaria em favor do empréstimo - Eurico Brandão, o Euriquinho, fez discurso importante na semana passada; o Conselho de Beneméritos, que tinha 61 presentes nesta terça também votaria com o mandatário do clube.

O Conselho Deliberativo do Vasco é formado por 300 membros. Destes, 150 são beneméritos ou grandes beneméritos; e os outros 150 foram eleitos na última eleição, que já ficou marcada pela fragmentação e pelas reviravoltas.

É comum que, a depender das pautas em discussão, situação e oposições se aproximem ou se distanciem. Os próximos passos do clube indicam discussões para aprovação de empréstimo, mas podem calhar em mais pressão sobre Alexandre Campello. A derrota desta terça-feira foi política. A vitória anterior havia sido por apenas sete votos, menos de 5% dos presentes.

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