TIM 4G: Paulo Cezar Caju, afiado na língua e com a bola nos pés

Craque com passagem pelos quatro grandes do Rio coleciona títulos e polêmicas

Paulo Cesar Caju
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Campeão mundial com a Seleção Brasileira em 1970, no México; cinco vezes campeão carioca - duas pelo Botafogo (1967/1968), uma pelo Flamengo (1972) e duas pelo Fluminense (1975 e 1976) - campeão gaúcho (1979) e mundial (1980) pelo Grêmio. Apesar de ter passado pelos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro, Paulo Cezar Lima, também conhecido como Caju, foi ídolo mesmo no Alvinegro. É um autêntico craque TIM 4G do passado e um dos homenageados pela TIM, patrocinadora dos quatro grandes clubes cariocas.

O garoto pobre, nascido na favela da Cocheira, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, em 16 de junho de 1949, tinha o sonho de ser jogador de futebol e melhorar de vida. Pela proximidade, acabou indo para as categorias de base do Glorioso. E o sonho, então, se concretizou. Em 1967, aos 18 anos, já era titular do time principal e caiu nas graças da torcida ao marcar três gols na decisão da Taça Guanabara daquele ano, contra o América, numa virada espetacular. Conquistou o Carioca daquele ano e repetiu o título na temporada seguinte. Em 1968, também conquistou a Taça Brasil, que hoje tem o peso de um Campeonato Brasileiro.

Foi naquela época que surgiu o apelido Caju, que tornou-se quase um sobrenome. Ao retornar de uma viagem aos Estados Unidos, apareceu com o cabelo pintado de vermelho como forma de demonstrar apoio ao movimento dos panteras negras e contra a discriminação racial.

Polêmico, dono de uma língua afiada, gostava de ostentar, na mídia e nas baladas, sua ascensão social, sempre às voltas com belas mulheres, carros luxuosos e bebidas. Paulo Cezar Lima tinha outros apelidos "carinhosos" dos radialistas e jornalistas da época, como "Nariz de Ferro" e "Urubu Feio".

As boas atuações no Alvinegro - onde fez 264 partidas e marcou 83 gols - o credenciaram a ser convocado por Zagallo para a Seleção Brasileira que disputou o Mundial de 1970 como reserva de Rivellino.

Deixou General Severiano em 1971, desgastado com o clube. No Campeonato Carioca daquele ano, vencido pelo Fluminense, fez embaixadinhas durante uma partida, causando desconforto no adversário, quando o Botafogo tinha boa vantagem na competição. O Tricolor das Laranjeiras disparou no torneio e Paulo Cezar foi considerado responsável pela queda de rendimento do time.
Depois de sair do Glorioso, ele defendeu o Flamengo de 1972 a 1974, e foi convocado novamente para a Seleção. Disputou o Mundial de 1974, desta vez como titular. Da Copa do Mundo, foi para o Olympique de Marselha, da França.

Na temporada seguinte, retornou ao Brasil e fez parte da lendária "Máquina Tricolor" do Fluminense, conquistando duas vezes o Campeonato Carioca (1975 e 1976). Voltou ao Botafogo, mas não conquistou títulos e, na sequência, passou por clubes como Grêmio, Vasco e Corinthians. Na sua segunda passagem pelo Tricolor Gaúcho, em 1983, participou da campanha do título do Mundial Interclubes.

Muito tempo depois de encerrar a carreira, Caju admitiu ter tido problemas com drogas e álcool durante quase 17 anos. Revelou, em entrevista, ter vendido a medalha da Copa de 1970 para comprar cocaína.

Patrocinadora de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, a TIM homenageará até o fim de 2017 jogadores do passado dos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro, que, de forma geral, apresentaram os atributos “G” (Garra, Gênio, Gigante, Grandeza) quando atuavam. Periodicamente, contaremos um pouco da história destes craques e o motivo deles terem sido escolhidos. Afinal, os quatro maiores times cariocas merecem a maior cobertura 4G do Rio e as melhores histórias para serem compartilhadas.

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