Temos o melhor argumento para irmos para o piso duro, afirma diretor do Rio Open

Lista do torneio abaixo do esperado tem apenas um top 10

Dominic Thiem no Rio Open 2018
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Em um bate-papo com jornalistas no Rio de Janeiro, Luiz Carvalho, o Lui, diretor do Rio Open, maior torneio da América do Sul, único ATP 500 no continente, comentou os detalhes do evento que começa no dia 16 de fevereiro.

A lista com apenas um top 10, o austríaco Dominic Thiem, e mais dois no top 20, Fabio Fognini, 13º, e Diego Schwartzman, 18º, é a pior dos seis anos de história do evento e o diretor reconheceu que ficou abaixo do esperado.

"Reconhecemos que não foi o esperado, mas não foi por falta de tentativa, fizemos propostas para mais 23 atletas (26 atletas ao todo foram contactados), mas por questões de calendário e de piso acabaram não vindo", resumiu Lui.

O baixo comparecimento não só do Rio Open, mas também de todos os eventos da América do Sul (Córdoba, Buenos Aires com listas parecidas e São Paulo sem nenhum top 40) só reforça a tese do torneio em mudar para o piso duro futuramente.

"O ano de 2018 o Conselho da ATP ficou todo voltado para o ATP Cup (torneiO por equipes que estreia em 2020) então não tivemos margem para discussões, mas agora este ano vamos tentar discutir novamente essa possível mudança. Esse ano as listas todas dos eventos do continente são nossas defesas para essa mudança. Não falamos recentemente com os outros eventos sobre isso, mas é uma ideia antiga", afirmou Lui: "Nossa tese só é reforçada quando vemos a lista do torneio de Acapulco com cinco, seis top 10 e antes quando era no saibro eram dois, três como é a nossa média (torneio mexicano este ano fechou com quatro top 10 e tem convite guardado para outro, Juan Martin del Potro)".

Segundo Lui, caso a mudança seja sacramentada, algo que seria possível somente a partir de 2021, uma parceria seria tentada com o evento mexicano: "Seria o ideal fazer uma ponte com o evento de lá para trazer jogadores e até fretar um avião para levar os tenistas daqui, um pouco caro, mas seria viável".

Em 2019 dos 23 jogadores sem êxito no fechamento do contrato, Alexander Zverev foi um dos que chegou mais perto de fechar: "Ele demonstrou interesse, fizemos uma proposta, depois aumentamos o valor, mas ele tem um contrato com Roterdã e uma dívida com o torneio de lá que aposta nele desde que era mais jovem".

Rafael Nadal mais uma vez optou por seu calendário para jogar em Acapulco: "Ele preferiu ficar com outro calendário. Nadal é uma aposta um pouco arriscada para o diretor de cada evento pois desiste com frequência, mas é um risco que eu gosto de correr. Em todos os anos que ele veio aqui tivemos ingressos esgotados".

Caso a mudança venha o torneio provavelmente seria transferido para o Parque Olímpico o qual Lui afirma teria maiores custos do que a atual sede no Jockey Club por conta da parte estrutural.

Falando em ingressos as vendas no momento vão abaixo do último ano, apenas sexta e sábado com quartas e semifinais estão perto do encerramento das vendas e os demais dias em aberto, um percentual do quanto foi vendido não foi fornecido aos jornalistas.

Em termos estruturais o pátio de comidas agora será aberto para os dois espaços para facilitar quem acompanha os jogos da Quadra 1 e haverá uma seleção de shows incluindo bandas e DJs que tocarão ao longo da competição mais um show de encerramento após a final de domingo, dia 24.

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