Luthi sobre Federer: ‘Ele não anunciará a aposentadoria com antecedência’

Treinador do suíço garante que não sabe quanto tempo ele ainda joga

Federer e Luthi
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Na madrugada desta segunda-feira o suíço Roger Federer teve uma estreia arrasadora no Australian Open. Após a partida, um de seus treinadores, Severin Luthi, conversou com o jornal suíço ‘Tages Anzeiger’ sobre seu pupilo.

Em sua coletiva desta madrugada, o próprio Federer havia se colocado de fora do posto de favorito ao título do torneio, algo que Luthi também endossa. “Até agora, ele passou por apenas uma rodada, de modo que não se pode dizer que seja o favorito do torneio. Seu tênis está lá e ele foi capaz de treinar sem contratempos na preparação. Mas isso não garante nada a ele”.

“Se ele tivesse perdido na primeira rodada, poderia dizer com segurança que ele deveria ter jogado um torneio preparatório, mas basicamente ele não precisa fazer nada. Ele agora tem 38 anos, já fez muito pelo tênis... Meu ponto de vista é que ele não deve nada a ninguém. Só tem que ser certo para ele. Eu posso entender bem o planejamento dele”, rebateu Luthi, falando sobre o que acredita ainda manter Federer motivado. “Talvez seja apenas porque ele sempre encontra uma nova inspiração, como jogar em outros lugares, por exemplo, no México, na frente de 40.000 espectadores”.

Prestes a completar 39 anos de idade em 2020, o número 3 do ranking vem de títulos em Melbourne em 2017 e 2018, caindo nas oitavas em 2019. Como o próprio Federer sempre faz, Luthi também garante não faz ideia de quanto tempo seu pupilo ainda jogará.

“Eu simplesmente não sei. Se tivessem me perguntado há alguns anos se ele ainda estaria jogando em 2020, eu teria dito que não. E acho bom que não se saiba quanto tempo ainda resta para ele”, ressaltou. “Não falamos muito sobre esse assunto juntos. De qualquer forma, acho que ele não anunciará sua aposentadoria com antecedência”.

Com 20 títulos de Grand Slam conquistados, um recorde no circuito masculino, Federer poderá ser ultrapassado em breve por Nadal (que tem 19) e Djokovic (com 16). Seu treinador, no entanto, acredita que o suíço ainda possa ampliar mais essa marca.

“Eu realmente acho que ele ainda pode ganhar títulos de Grand Slam. Se ele conseguir jogar em um torneio, tudo é possível. Ele mostrou isso aqui em 2017. Naquela época também jogou muito bem nos treinos, como agora. Enquanto isso, treinar significa um pouco mais para ele do que antes, porque ele joga menos torneios. Mas ele sempre foi um grande jogador e é isso que conta acima de tudo”, pontuou.

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