Em discurso emocionante no Laureus, Djokovic exalta esposa e recorda Mandela

Sérvio falou sobre período de aprendizado e autoconhecimento após Roland Garros 2016

Novak Djokovic e seus quatro troféus Laureus (2012, 2015, 2016 e 2018)
Foto: Divulgação

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O número 1 do mundo, o sérvio Novak Djokovic, fez um discurso emocionante ao receber o prêmio de Melhor Atleta Masculino do Ano, na cerimônia do Laureus Award, em Mônaco. O tenista agradeceu especialmente a esposa, Jelena Ristic Djokovic e citou Nelson Mandela.

“Eu gostaria de agradecer a Laureus, por todo o seu trabalho com o esporte. Eu não sei, eu não esperava vencer este prêmio. Vivo sob a filosofia de não esperar as coisas, porque daí você pode ter tudo. Esta noite, diferentes atletas vieram aqui a este palco e muitos de vocês aí no público aqueceram meu coração com suas histórias, experiências, provando pra mim e pra todo mundo, que o espírito lutador e a resiliência são sempre presentes e nós devemos aprender estes valores. Os esportes mandam ao universo esta mensagem e Nelson Mandela, um dos fundadores desta maravilhosa organização, estava certo ao dizer que o esporte tem o poder de mudar o mundo", iniciou sua fala.

"Eu gostaria de refletir um pouco sobre a minha jornada. Gostaria de agradecer minha esposa, por me mostrar uma visão diferente, principalmente quando decidimos compartilhar da mesma viagem, nos mostrando quem está verdadeiramente nos apoiando. Acho que você tem feito isso melhor do que eu. E seu apoio foi tremendamente importante pra mim naqueles momentos em que eu me questionava, vivia meus dilemas, tinha minhas dúvidas e vcoê me manteve jogando tênis e pensando tênis e em nada mais. Ali, eu encontrei minha vida em equilíbrio. Você não me deixou ficar pra baixo quando me operei. Você tava certa!", confessou para surpresa da esposa.

"[Foram] Muitos meses tentando encontrar o equilíbrio. Este prêmio reflete, em simbiose, não o trabalho de 12 meses, mas sim o de três anos. Voltando à Roland Garros 2016, quando eu conquistei o ápice das minhas metas ao vencer os quatro Grand Slams juntos. Eu me senti aliviado e não como vivendo um filme, para ser honesto. Porque ... eu tentei entender a razão, mas eu não abracei, ou não vivi, a jornada como eu deveria ou precisava", confessou.

"Quando eu entendi que a meta não era nada sem a jornada, eu entendi o conceito de vida de ser presente e estar no agora. Porque isso é poderoso. Eu aprendi muito sobre a vida e sobre mim nos últimos três anos. Eu fui fundo em mim, em especial nos últimos 12 meses, com a lesão, cirurgia e tudo. Quando eu estava impaciente e ansioso para voltar e estar diante dos recordes", relatou.

"E agora, eu estou aqui, diante de vocês, refletindo sobre essa viagem, como um conto de fadas e isso me diz, que naqueles momentos em que você enfrenta adversidade e desafios, você deveria olhar pra dentro de si, porque ali está a resposta. Eu não tinha entendo completamente isso. Já havia ouvido isso antes. Daí entrei nesta jornada, entendi e soube onde sempre encontrarei força, crença e motivação para me manter adiante. Muito obrigado por este prêmio!”, finalizou.

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