Thiago Silva entende vaias contra a Seleção: ‘Ingresso caro, querem show’

Vitória sobre a Bolívia teve a maior renda da história do futebol brasileiro, mas também um público impaciente e distante. Vaias no fim do primeiro tempo foram motivo de conversa

Thiago Silva
Após vaias no intervalo, Seleção foi aplaudida ao término da vitória sobre a Bolívia (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

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As vaias que a Seleção Brasileira ouviu ao fim do primeiro tempo do jogo contra a Bolívia foram tema de conversa no vestiário ainda no intervalo. Tite queria que seus jogadores não se abalassem por conta das críticas do público, justificadas para Thiago Silva. 

- É compreensível. Preço dos ingressos muito caro, cara. As pessoas pagam caro, querem ver show, querem ver gol. É natural ter um pouco de vaia quando isto não acontece, mas no segundo tempo premiamos eles com o bom resultado, agressividade mais alta. Ficamos felizes com o resultado do segundo tempo - disse o zagueiro.

De acordo com os dados divulgados pela Conmebol (46.342 torcedores pagantes e renda de R$ 22.476.630,00), o ticket médio no jogo foi de R$ 485. Um preço bem acima do praticado no Brasil (mesmo em arenas), e que gerou também um público diferente.

Especialmente no primeiro tempo, a torcida passou boa parte do tempo em silêncio e mostrou muita impaciência. A cada tiro de meta cobrado por Carlos Lampe, goleiro da Bolívia, vinham gritos homofóbicos. A festa, quando ocorreu, foi com "ola" e gritos de "olé". Ao término do triunfo por 3 a 0, os jogadores foram aplaudidos.

- Em clubes de massa, eu digo assim: quando não está produzindo, não espere compreensão do torcedor, ele vai vaiar. Todos os clubes grandes pelos quais passei tem essa característica. Tu fica rodando bola atrás, de lateral para zagueiro, e a primeira coisa que vem é a vaia. Se tu chegar em condição lá na frente, fizer o drible, a tabela, ele vai aplaudir. Isso começa pela troca de passe. Temos que saber isso. Claro que o jovem sente, o técnico sente, mas no intervalo coloquei: nível de concentração alto - explicou Tite.

- Aqui no Brasil é normal até (o público ficar mais calado). Rolou uma certa vaia no fim do primeiro tempo, mas já estamos acostumados com isso. A gente voltou mais forte ainda, conseguimos abrir o marcador logo no começo do segundo tempo e isso nos deixou mais tranquilos - completou Richarlison.

Depois de vencer na estreia da Copa América, a Seleção Brasileira enfrenta a Venezuela na terça-feira, às 21h30, na Arena Fonte Nova. 

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