Tetra 25 anos: Jorginho ressalta importância de assistência para Romário na semifinal: ‘Um alívio’

Lateral do Brasil na Copa de 1994, treinador da Ponte Preta comenta dificuldade nos jogos contra a Suécia e diz que imprensa e torcida pediam a volta de Telê Santana à Seleção

Galeria Copa 1994
Jorginho fez o cruzamento para Romário marcar o gol que classificou o Brasil para a final (Foto: Reprodução)

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A semifinal da Copa do Mundo de 1994 foi bastante disputada. O Brasil enfrentou a Suécia e venceu, por 1 a 0, com gol de Romário e bonita assistência de Jorginho. Dando continuidade ao especial 'Tetra 25 anos', o LANCE! conversou com o ex-lateral (e atual treinador da Ponte Preta), que relembrou o passe para o gol, a pressão do título e a pressão sobre Parreira, tendo em vista que a maioria dos torcedores preferiam Telê Santana no comando da equipe.

DUELOS CONTRA A SUÉCIA
Naquela Copa, o Brasil encarou a Suécia duas vezes. Uma na fase de grupos e outra nas semifinais. Na primeira partida, realizada no dia 26 de junho de 1994, a equipe de Parreira empatou em 1 a 1 com os suecos. Já no segundo jogo, decidindo vaga na grande final, o Brasil venceu pelo placar mínimo de 1 a 0. Titular em todos os jogos da Seleção, Jorginho falou sobre a dificuldade dos confrontos contra o time europeu.


- A Suécia era uma equipe muito forte fisicamente, um time organizado taticamente e bastante defensivo. Era um time que jogava apenas por uma bola, com duas linhas de quatro, às vezes deixando apenas um homem na frente. Isso dificultou muito o nosso jogo tanto que saímos atrás na primeira partida contra eles, mas conseguimos buscar o empate, disse o lateral, que emendou:

- Já no segundo jogo foi a mesma coisa, eu tinha dificuldades para chegar ao fundo para fazer os cruzamentos. Nossas bolas aéreas e em profundidade, pro Romário e Bebeto não entravam, até que eu achei o baixinho na área no segundo tempo e ele marcou. Além da qualidade técnica de alguns jogadores, os suecos eram muito bem postados e disciplinados dentro de campo - falou ao

ASSISTÊNCIA PERFEITA PARA O BAIXINHO
Depois de eliminar a Holanda por 3 a 2 em um difícil duelo pelas oitavas de final, a Seleção encarou a Suécia novamente, no dia 13 de julho. Ainda na fase de grupos, Jorginho deu um passe para o gol de Márcio Santos no jogo contra Camarões. No entanto, a principal assistência ocorreu contra os suecos, quando cruzou na cabeça de Romário, classificando o Brasil para a decisão.

- Aquele momento foi um alívio, porque até ali, meus cruzamentos não tinham saído da forma que eu gostaria e não encontravam os nossos jogadores dentro da área. Os zagueiros da Suécia eram muito altos e cortavam a maioria das bolas. Aí, quando eu percebi a oportunidade, tirei do primeiro homem da marcação e encontrei o baixinho, que tinha uma impulsão maravilhosa e mandou pro gol - contou o ex-jogador.

CLAMOR PELA VOLTA DE TELÊ SANTANA
Jorginho foi um dos melhores jogadores do Brasil em 1994. Correto defensivamente e ativo no ataque, o lateral constou na seleção dos melhores atletas daquela Copa ao lado de Márcio Santos, Dunga e Romário. Com passagem por grandes clubes como Flamengo, Vasco, São Paulo, Fluminense, Bayer Leverkusen e Bayern de Munique, o jogador foi convocado para o Mundial quando atuava pelos bávaros.

Hoje aos 54 anos, Jorginho é técnico de futebol e comanda a Ponte Preta. Antes da Macaca, o ex-atleta já havia treinado clubes como Vasco da Gama, Flamengo, Bahia, Ceará, Figueirense e Goiás. Ao fim da entrevista, o carioca relembrou a pressão da imprensa e da torcida para a conquista da Copa em 1994, visto que a Seleção amargava um jejum de 24 anos sem uma conquista. Jorginho relembrou o clamor popular pela volta de Telê Santana para o lugar de Carlos Aberto Parreira.

- Sempre houve muita pressão. A gente vinha de uma Copa de 90 sendo eliminado nas oitavas e parte do elenco havia jogado aquele mundial, então a pressão era maior ainda. Fizemos uma eliminatória complicada, perdendo para a Bolívia por 2 a 0 e aumentaram ainda mais os pedidos de uma renovação. Muitos pediram o Telê de volta, mas no fim acabamos sendo campeões - encerrou o ex-lateral da Seleção.

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