Pia promete falar português em breve e relata suas primeiras impressões na Seleção Brasileira

Treinadora sueca concedeu entrevista nesta quarta-feira, um dia antes de sua estreia no comando da Seleção Feminina. Descontraída, ela fez um resumo de seu trabalho até aqui

Pia Sundhage
Pia Sundhagen foi descontraída em sua entrevista antes da estreia pela Seleção Brasileira (Foto: Mauro Horita/CBF)

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Um dia antes de estrear no comando técnico da Seleção Brasileira Feminina, Pia Sundhage concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira, no Pacaembu, após o último treino da equipe antes de enfrentar a Argentina pelo Torneio Uber Internacional. Entre outros assuntos, a sueca relatou suas primeiras impressões e obstáculos nesse período inicial no Brasil.

Sem dúvidas, o primeiro entrave pensado no trabalho de Pia seria a língua, já que nem todas as jogadoras falam inglês, no entanto isso não tem sido problema, segundo a treinadora, mesmo assim ela prometeu começar a falar português em breve e já está tendo aulas para isso.

- São muitas coisas acontecendo, tenho que preparar para os jogos, faço tudo de acordo com o que é confortável para mim em inglês, mas mais cedo ou mais tarde eu vou falar português, eu prometo, mas é difícil, eu preciso estudar, aprender a língua fora e dentro de campo, e isso é importante para falar de defesa. "Sobe, sobe" (risos). Muitas jogadoras entendem inglês e temos um ótimo estafe apoiando, além disso é linguagem do futebol, então eu acho que estamos indo muito bem - contou a bicampeã olímpica com os EUA.

Sem esconder muito os seus planos e sem esperar para aplicá-los, Pia afirmou que irá priorizar a orientação para uma filosofia de jogo focada na defesa, além de adicionar elementos que ela identificou como deficitários no time brasileiro, como alternativas de passe para entrar na área com mais opções ofensivas.

- A primeira impressão que eu tive dos treinos foi de que o primeiro tópico seria defender. Comparado com que eu vi antes e estive em muitos países pelo mundo, as jogadoras brasileiras lidam muito bem com a pressão. Com o objetivo de ter uma defesa boa, é o meu trabalho ter a certeza de que todas estão na mesma toada, e isso obviamente levará algum tempo - disse a sueca, antes de completar com o que já adicionou ao repertório da Seleção:

- O que vi de interessante na Seleção Brasileira foi o último passe, o passe em profundidade, e eu quis adicionar diferentes maneiras de entrar na área, e isso se faz com um cruzamento para trás, o que proporciona que mais jogadoras entrem na área. Vamos dizer que você está fora da área, tem muitas opções para tocar e ainda pode conseguir um pênalti. Observando a Copa do Mundo, eu vi muitas jogadas desse tipo e eu gostaria de adicioná-las ao Brasil.

Sobre a rival desta quinta-feira, a Argentina, Pia diz estar ansiosa para a partida e espera um duelo bastante duro, principalmente pelo que viu das "hermanas" na última Copa do Mundo, mas diz ter um plano para uma boa atuação.

- Estou esperando por isso, cada país tem seu rival, EUA e Canadá, Suécia e Noruega, Brasil e Argentina, eu sou um sortuda, porque já trabalhei em todos eles. Eu espero um jogo bem fechado, pelo que eu vi na Copa do Mundo, fez uma grande partida contra o Japão, uma das melhores seleções do mundo, então eu espero uma boa defesa de nosso time, para que recuperemos as bolas e criemos algumas chances. Será muito interessante jogar contra a Argentina - concluiu a treinadora da Seleção.

O Brasil estreia nesta quinta-feira, às 21h30, no Torneio Uber Internacional enfrentando a Argentina, no Pacaembu. Caso vença o jogo, a Seleção pega Chile ou Costa Rica na final, que será disputada neste domingo, às 13h, caso seja derrotada, busca o terceiro lugar às 10h30.

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