Pia lamenta chuva, porém vê lição aprendida e busca líderes na equipe

Treinadora sueca entende que o gramado encharcado prejudicou o jogo brasileiro, porém acredita que isso seja importante para saber lidar com as condições adversas de um duelo

Pia Sundhage
Pia Sundhage disse que Seleção Brasileira aprendeu lição lidando com adversidades (Foto: Mauro Horita/CBF)

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A derrota para o Chile nos pênaltis trouxe apenas o vice-campeonato do Torneio Uber Internacional para a Seleção Brasileira, mas na visão da treinadora Pia Sundhage, tudo foi uma lição aprendida pela comissão técnica e pelas atletas. No segundo jogo no comando do time, a sueca projeta melhorias passo a passo pensando nos Jogos Olímpicos do Japão, em 2020.

Um dos principais argumentos da técnica para a infelicidade das brasileiras no jogo foi a condição do gramado do Pacaembu após as fortes chuvas que caíram em São Paulo nesta tarde de domingo. Para ela, isso pode ter prejudicado a atuação da equipe, mas também serve como aprendizado.

- O gramado estava diferente em relação ao jogo contra a Argentina, mas foi interessante para também ver como é importante lidar com as condições adversas. No Japão o clima será diferente também, eu diria que a chuva é uma desculpa, mas também é uma explicação. Seria mais fácil poder jogar um ano juntas, mas foi somente o segundo jogo. Tem o nervosismo, a ansiedade, e condição do gramado que foi diferente, mas é uma lição - disse a comandante.

Pia novamente precisou responder uma pergunta sobre Marta durante a sua coletiva de imprensa, e aproveitou para relatar um problema na Seleção, que é a falta de uma ou mais líderes para auxiliarem nas mudanças durante o jogo, algo que ela vai tentar suprir nos próximos meses.

- Sempre há um jeito de vencer, aprendemos uma lição, Marta não está aqui e não é só com Marta que o Brasil vai ganhar. Elas precisam de uma líder, precisamos descobrir como suprir isso, elas podem jogar do jeito brasileiro, mas precisam encontrar também outras formas, mas necessitam de uma líder para isso. É importante que tenhamos uma líder em cada setor, mas é preciso encontrá-las - declarou.

Em relação ao jogo contra a Argentina, Pia promoveu sete mudanças na equipe titular e só não usou duas jogadores da lista de convocadas: Yayá e Victoria Albuquerque. No pensamento da comissão técnica, todas ganhariam chance para atuar, porém as circunstâncias da decisão impediram isso.

- Nós fizemos mudanças, porque queria dar chances às jogadoras, é um jeito de avaliá-las. Queríamos colocar Yayá e Victoria, porém tivemos um sentimento de estarmos próximas de vencer, a intenção era de elas jogarem os últimos 15 minutos, mas o jogo caminhou de outra forma, caso as mudanças ocorressem, talvez não fosse positivo para o time - concluiu.

Antes dos Jogos Olímpicos, a intenção da CBF é marcar mais amistosos e dois deles estão engatilhados, contra a Inglaterra e contra a Polônia, além de um torneio na China, as datas ainda não estão confirmadas. Em dezembro e janeiro há o planejamento para um período de treinos com jogadoras que atuam no Brasil, pois as que jogam fora do país não poderão ser liberadas por seus clubes.

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