Nível aumenta, e futebol diminui; Seleção não vence e não convence

Contra um adversário mais qualificado e com jogadores de destaque, Brasil encontrou novamente dificuldades para se manter constante e ter um bom desempenho ofensivo

Brasil x Senegal
Brasil não vence há três partidas (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

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Nesta quinta-feira, a Seleção Brasileira enfrentou Senegal em mais um amistoso longe do Brasil, em Singapura, e com um atuação bem discreta, para não dizer apática, ficou apenas no empate por 1 a 1, e saiu no lucro, no terceiro jogo consecutivo sem vitória sob o comando de Tite.

ATUAÇÃO MONÓTONA
Ao enfrentar pela primeira vez um adversário mais forte de outro continente desde junho, o Brasil não conseguiu jogar, e apesar de ter tido bons 10 minutos iniciais que culminaram no gol de Firmino, o desempenho da Seleção foi bem abaixo do esperado.

Após o gol marcado pelo atacante do Liverpool, a Seleção parou em campo e viu Senegal ser dominante, e empatar a partida em cobrança de pênalti após jogada individual de Sadio Mané, principal jogador da equipe e companheiro de Firmino no Liverpool.

Na etapa final, a Seleção Brasileira tentou mudar a postura e buscar mais o ataque, mas viu Senegal ser ainda mais dominante e ficar por centímetros de virar o jogo e conseguir a vitória. Se de um lado o goleiro Gomis não fez uma defesa difícil, Ederson foi colocado para trabalhar, evitou o pior em chute de Sarr, e apenas torceu em finalização de Mané que carimbou a trave esquerda. Sorte do Brasil.

NEYMAR 100, OU 'SEM' NEYMAR?
No seu centésimo jogo com a Seleção Brasileira, Neymar não foi 100%. Aliás, não foi nem 75%. Com uma atuação bastante discreta, o camisa 10 brasileiro não fez a diferença que tanto se espera dentro de campo. Apesar de muito tentar, Neymar não jogou bem e ficou apagado durante praticamente toda partida em Singapura. Na chance que teve de marcar, em cobrança de falta, o goleiro Gomis não teve que fazer muito esforço para defender.

QUEM TE VIU...
No início da 'Era Tite' no comando da Seleção Brasileira, a equipe viveu um grande momento no coletivo, e individualmente os principais nomes tiveram grande destaque. No entanto, após a Copa do Mundo de 2018, a cada vez mais a Seleção parece involuir. Nem o título da Copa América fez a Seleção voltar a ser dominante, jogar bem e convencer. 

Após a conquista do título continental, contando com o amistoso desta quinta, foram três jogos e nenhuma vitória. No empate contra a Colômbia, uma atuação abaixo da média, coroada com um empate na base da individualidade. Contra o Peru, um desempenho fraco que resultou em uma derrota. E nesta quinta, um jogo fraco, de pouca criação, que o empate ficou barato em Singapura.

ESTATÍSTICAS 
​Superior no papel, a Seleção Brasileira viu Senegal dominar praticamente todas as fases do jogo. Além de ter as chances mais claras de marcar e vencer a partida, a seleção africana teve maior posse de bola na partida (52% contra 48% do Brasil), teve maior número de finalizações certas (5 a 4) e teve maior número de desarmes (19 a 10).

TESTES?
A principal reclamação da última convocação de Tite para os amistosos desta Data Fifa, contra Senegal e Nigéria, ficou por conta da Seleção desfalcar dois dos principais times durante a disputa do Brasileirão: Flamengo e Grêmio. O clube carioca com Gabriel Barbosa e Rodrigo Caio convocados, e o Tricolor, com Matheus Henrique. 

Mas apesar da convocação, pelo menos neste jogo contra Senegal, apenas Matheus Henrique foi utilizado pelo treinador para atuar 20 minutos, e os dois rubro-negros ficaram no banco. Artilheiro do Brasileirão, Gabriel Barbosa, que poderia ser uma alternativa para o ataque da Seleção em meio as poucas chances criadas, não teve sua oportunidade de ser testado nesta quinta.

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