Jesus persegue gol em clássico e conta o que faz para evoluir pós-Copa

Apesar de sempre ter bons números, atacante sofre para marcar gols em clássicos na carreira profissional. Ele buscou crescer fisicamente e finalizar mais após a Rússia-2018

Gabriel Jesus
Gabriel Jesus deu entrevista coletiva na manhã deste domingo (Foto: AFP)

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Os números da carreira de Gabriel Jesus sempre foram bons. Na Seleção Brasileira principal, por exemplo, soma 16 gols e é o artilheiro da "era Tite". Mas ele ainda luta contra alguns fantasmas: além de ter passado em branco nas cinco partidas da Copa do Mundo de 2018 e nas quatro disputadas até agora nesta Copa América, o jovem de 22 anos sofre para deixar sua marca em clássicos. Às 21h30 de terça-feira, na semifinal contra a Argentina, no Mineirão, terá uma chance de espantar esses dois fantasmas.

- Pela rivalidade, pelo histórico de sempre ter disputas decisivas, acredito que é o maior clássico entre seleções - disse o camisa 9, em entrevista coletiva neste domingo.

Gabriel deixou o Palmeiras sem marcar contra Corinthians, Santos e São Paulo. Pelo City, ainda não conseguiu balançar as redes do Manchester United. Na Seleção, em três jogos contra a Argentina, também ficou em branco. Isso não significa, porém, que ele nunca tenha atuado bem contra rivais. Em novembro de 2016, no mesmo Mineirão e contra a mesma Argentina, o atacante teve boa atuação e ajudou a Seleção a vencer por 3 a 0 em uma das melhores exibições com Tite.

Mas Jesus não se acomoda. Na entrevista desta manhã, ele contou o que fez para evoluir profissionalmente após a chuva de críticas que recebeu na Copa do Mundo.

- Eu busquei evolução profissional, óbvio. Depois do que aconteceu na Copa, passei um momento complicado no City. Não estava bem, não jogava muito. Conversei com minha família, com pessoas que estão no dia a dia comigo. Busquei um preparador físico para me ajudar e ele está me ajudando bastante. Procurei finalizar mais. Minha média de finalizações dentro de um jogo era muito baixa, tinha jogo que eu saía sem finalizar, e isso complicava um pouco. Hoje busco finalizar mais, isso mudou bastante. Isso foi uma das principais coisas que foquei, sempre buscar finalizar mais. Vejo lá os atacantes, o próprio Aguero, finalizando muito no gol durante os jogos. Isso facilita.

Na última temporada europeia, embora tenha sido reserva de Aguero na maior parte do tempo, Gabriel marcou 21 gols em 47 partidas. Foi melhor do que na temporada anterior, quando acumulou 17 gols em 42 jogos. Tudo isso jogando como centroavante na maior parte do tempo, enquanto Tite tem preferido escalá-lo na ponta direita da Seleção. Mas isso não é novo para o ex-palmeirense.

- Eu comecei minha carreira jogando aberto, mais na esquerda do que na direita, mas também jogava na direita. Subi para o profissional, fiquei um ano jogando aberto, fui para a seleção sub-20. Com o Cuca, comecei a jogar de segundo atacante. Depois virei centroavante. Na Olimpíada, joguei dois jogos de centroavante e depois fui para a ponta, tive um rendimento melhor. Fico confortável de ponta ou de centroavante. Eu estou à disposição do treinador, já joguei no City de ponta quando o técnico precisou. Consigo fazer os dois, me sinto muito bem. Óbvio que tenho um pouco mais de intimidade jogando de ponta, porque é a posição em que joguei mais na vida, seja na várzea, no profissional ou em qualquer lugar em que joguei bola - finalizou.

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