Com saudades da Seleção, Neymar planeja retorno, mas admite que não está na sua melhor condição física

Craque do Brasil afirmou que situação já se repetiu em outras ocasiões pela Amarelinha

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Camisa 10 concedeu coletiva para a imprensa (Foto: Vitor Silva / CBF)

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Neymar admite que não está 100% fisicamente para as partidas contra a Bolívia e Peru, as duas primeiras das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. O atacante da Seleção Brasileira não atua em uma partida oficial há quase sete meses. A última vez foi no dia 19 de fevereiro, quando defendeu o PSG contra o Lille, pelo campeonato francês. 

O camisa 10 do Brasil ainda não estreou pelo seu novo clube, o Al-Hilal, da Arábia Saudita. Mas o treinador Jorge Jesus, da equipe árabe, criticou a convocação do jogador, alegando que o profissional estava machucado.

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Ainda que admita que está fora da sua melhor condição física, Neymar disse que foi convocado para vestir a Amarelinha em outras ocasiões estando no mesmo estado que se encontra no momento. 

- Não é a primeira vez que venho convocado para a seleção dessa forma. Há alguns anos aconteceu a mesma coisa e joguei os 90 minutos. Se não me engano, foi contra a Colômbia, nos EUA. Me sinto bem, me sinto feliz, mas obviamente não estou 100% fisicamente. Mas a cabeça está boa, o corpo está bom. Não levo as palavras que o (Jorge) Jesus falou na época como maldade, mas sim para preservar o seu jogador. Eu iria jogar o último jogo, mas acabei levando uma pancada no treino, ele optou por me deixar fora do jogo e vir jogar na Seleção. Não tem mistério, jogar futebol independente do tempo que fique parado, sempre vai saber jogar futebol. É que nem andar de bicicleta - disse o atleta em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (7), antes do treinamento da Seleção, em Belém, no Pará. 

Neymar admite não estar na melhor condição física na Seleção Brasileira
Neymar durante coletiva pela Seleção Brasileira (Foto:Vitor Silva / CBF)

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Fora das convocações do interino Ramon Menezes, para os amistosos contra Marrocos, Guiné e Senegal, por conta de uma lesão no tornozelo direito, o jogador admitiu que estava com saudades de vestir a camisa amarela. A última vez que ele representou o Brasil foi justamente na eliminação da Copa do Mundo do Qatar, em novembro do ano passado, contra a Croácia. 

Após a desclassificação nas quartas de final do Mundial, Neymar chegou a colocar em dúvida a sua continuidade na Seleção, mas voltou atrás e deve participar do ciclo até a próxima Copa. 

- Já saiu de casa? Sentiu saudade? Eu também. É óbvio que quando se está com a cabeça totalmente pensando na derrota que você teve, é triste. São 13 anos de Seleção, uma hora eu sei que vai acabar, naquele momento, eu deixei em dúvida porque era o que passava na minha cabeça. Nunca vou fazer joguinho, falar que não vou fazer e vou, sempre sou muito direto. Se tenho dúvida, é a verdade. Se tiver que voltar, vou falar que senti saudade e vou voltar. Foi isso que aconteceu - comentou Neymar. 

ELOGIOS A FERNANDO DINIZ 

A estreia brasileira nas eliminatórias, contra a Bolívia, nesta sexta-feira (8), no Mangueirão, será a primeira vez que Neymar trabalhará junto com o técnico Fernando Diniz, que estreará no comando da Amarelinha justamente nesta partida. 

- Diniz é um cara que faz um trabalho completamente diferente de tudo que já presenciei. É outro tipo de futebol. Tem mentalidade diferente do que já tive. A maioria dos treinadores que tive fazia quase as mesmas coisas. Ele gosta de reinventar o futebol, de te dar opções. É um cara muito interessante. Ele me perguntou o que achava do jogo dele, e eu falei: "Achei muito diferente". A gente conversa, eu, Casemiro, Marquinhos. Falei que era muito diferente, mas muito prazeroso, de chegar na Seleção depois de 13 anos e colocar um estilo completamente diferente, que você nunca fez. Vai ser muito importante para a Seleção, para nós, jogadores, aprender uma coisa nova - afirmou o atacante. 

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Mesmo sabendo das características de Fernando Diniz, Neymar não acredita que o time com o novo comandante será tão diferente em relação ao trabalho que era comandado por Tite até o ano passado. 

-  Taticamente, é difícil mudar o estilo de jogo que a gente tem na Seleção, o meu posicionamento principalmente, acho que não muda muito, continua bem parecido com o que era no Tite - destacou o jogador.

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