São Paulo divulga balanço de 2018 com superávit; veja detalhes

Tricolor teve receita menor do que em 2017 e concentrou a maior parte dos seus ganhos em direitos de TV e venda de jogadores

SÃO PAULO FC Carlos Agusto (Leco)
Leco fica na presidência do São Paulo até o fim do ano que vem (Foto : Luis Moura / WPP)

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O São Paulo publicou nesta terça-feira o seu balanço patrimonial de 2018. O documento registra que o clube teve superávit de R$ 7,2 milhões no ano passado - receita total de R$ 410 milhões e despesas de R$ 402,8 milhões.

O balanço mostra que a maior parte das receitas de 2018 veio de negociações de jogadores (R$ 154,7 milhões) e direitos de TV (R$ 135 milhões, cerca de R$ 10 milhões a mais do que no ano anterior). 

Do total arrecadado com transferências de atletas, o São Paulo repassou R$ 22,5 milhões a intermediários de negociações e a terceiros com participação em direitos econômicos. Com isso, o ganho líquido com este item foi de R$ 132,2 milhões (em 2017, foi de R$ 164,6 milhões).

Os ganhos com sócio-torcedor (R$ 8,6 milhões, menos do que os R$ 10,7 milhões de 2017), publicidade e patrocínio (R$ 23,2 milhões, menos do que os R$ 56,6 milhões de 2017) e arrecadação de jogos (R$ 30,7 milhões, mais do que os R$ 26,9 milhões de 2017) foram bem menores do que os de vendas de atletas e os da TV.

Na comparação com 2017, o Tricolor arrecadou menos (R$ 410 milhões contra R$ 468 milhões) e gastou menos (R$ 402 milhões contra R$ 453 milhões). O superávit de 2017 foi maior, de R$ 15 milhões.

O balanço traz um parecer sem ressalvas da RSM Brasil, auditoria independente, e foi aprovado por Conselho de Administração, Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal. No parecer deste último órgão, há algumas ressalvas, sobretudo em relação a intermediários de negociações:

"Os membros do Conselho Fiscal do São Paulo Futebol Clube, com base no parecer sem ressalvas da auditoria independente da RSM BRASIL CCA CONTINUITY SS e nas análises das demonstrações contábeis relativas
ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2018, atestam que até o momento não foram encontradas irregularidades contábeis, porém não foram apresentados todos os documentos solicitados por este Órgão, o que impediu a conferencia integral dos valores lançados. Analisando os documentos apresentados e os lançamentos contábeis, observou-se a quebra de receitas da instituição e aumento da dívida bancária e da dívida de longo prazo. Estas circunstâncias decorrem principalmente dos gastos e investimentos realizados pelo Departamento de Futebol, onde não foram detectados parâmetros para a intermediação de atletas. Ressalta-se, que os resultados financeiros poderiam ser melhores, se fossem adotadas políticas de gestão e governança, com parâmetros objetivos e claros, principalmente no que tange ao pagamento de intermediação de agentes na compra e venda de atletas. Contudo, entendem os membros do Conselho Fiscal, que as referidas Demonstrações Contábeis, podem ser submetidas à aprovação pelo Conselho Deliberativo do São Paulo Futebol Clube".

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