Cuca repete ‘obsessão’ de trabalhos anteriores e quer novo 9 no Tricolor

Técnico viveu sagas em busca de centroavantes no Palmeiras, em 2016 e em 2017, e no Santos, em 2018. Agora, pediu à diretoria são-paulina que contrate Juan Dinenno

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Cuca sentiu falta de um centroavante contra o Bahia: ele quer o argentino Dinenno - FOTO: Rubens Chiri

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Cuca acredita que a contratação de um centroavante que saiba fazer o pivô e seja opção para a bola longa vinda da defesa fará seu time ficar mais competitivo no segundo semestre. A notícia é atual, no São Paulo, mas não chega a ser uma novidade: em todos os trabalhos desde que retornou da China o técnico teve essa "obsessão" por um homem de referência.

No Tricolor, o nome solicitado à diretoria é o do argentino Juan Dinenno, de 24 anos, que tem se destacado pelo Deportivo Cali (COL). Raniel, do Cruzeiro, é outro que agrada. O diretor de futebol Raí já disse estar atento ao mercado para contratar um atleta dessa posição.

Cuca ainda não teve a chance de trabalhar com Pablo, que fez uma cirurgia para retirar um cisto da região lombar e só volta depois da Copa América. Alexandre Pato foi testado como "9", mas nem tem as características que o técnico procura e nem gosta de fazer essa função. O jovem Toró é outro que tem sido deslocado para o setor, embora seja mais um velocista. Na reta final do Paulistão, até Hernanes foi testado por ali, além de Everton Felipe (que deixou até de ser relacionado) e Gonzalo Carneiro (suspenso por doping). Enquanto isso, o comandante vai citando em todas as entrevistas o quanto esta referência lhe faz falta.

- Nós começamos muito bem o jogo. O Bahia fecha bem. Eles têm três volantes que ocupam bem o meio, os pontas voltam com os laterais, bem atrás. Eles jogam numa zona bem baixa, o que dificulta o trabalho de bola. A gente trabalhou muito a bola, mas lógico que faz falta uma referência, um pivô, para que você possa ter essa bola tabelada rápida. A gente tem jogadores que flutuam bem, buscaram o jogo a todo momento. O São Paulo não fez uma má partida. Fez uma boa partida até o terço final (do campo) - disse, após a derrota por 1 a 0 para os baianos pela Copa do Brasil.

Quando assumiu o Palmeiras, em 2016, Cuca fez de Gabriel Jesus o seu centroavante. No meio da temporada, com o time na briga pelo título brasileiro, temeu que as frequentes convocações do garoto para a Seleção Brasileira atrapalhassem e pediu à diretoria que contratasse um novo centroavante no meio da temporada. O nome solicitado foi o de Nico Lopez, hoje no Inter e à época no Nacional (URU). Como havia investido alto meses antes para contratar Lucas Barrios, de quem o treinador não era fã, o Palmeiras preferiu não colocar a mão no bolso e acabou acertando o retorno de Leandro Pereira, que estava no Brugge (BEL). Ele foi o reserva imediato de Jesus na campanha do título brasileiro.

Quando retornou ao clube em 2017, Cuca verificou novamente a necessidade de contratar um centroavante, já que não acreditava que Miguel Borja pudesse fazer as funções desejadas. Pediu Richarlison, que estava no Fluminense, e depois Diego Souza, que estava no Sport, mas as negociações não vingaram. Foi aí que ele sugeriu Deyverson, que estava no Alavés (ESP). O Verdão não conquistou títulos naquele ano e Cuca saiu antes do fim da temporada, mas Deyverson acabou sendo importante na conquista do Brasileiro de 2018.

No Santos, no ano passado, uma nova saga por um camisa 9. Cuca indicou o jovem Felippe Cardoso, da Ponte Preta, uma aposta para o futuro. Até agora, ele não vingou no Peixe. Na época, o técnico não se animou com a possibilidade de ter o argentino Marco Ruben, hoje em alta no Athletico-PR.

Antes de tudo isso, Cuca se deu muito bem com um centroavante que sabe fazer o pivô e a "casquinha" na bola aérea: Jô, campeão da Libertadores com ele no Atlético-MG de 2013.

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