Jair exalta força do grupo, ignora pressão e vibra com Bruno Henrique

Técnico do Santos diz que realidade dos companheiros de profissão no país 'é essa mesmo' e explica que foi 'obrigado' a mandar o time no 4-4-2 pela falta de atacantes à disposição

Fluminense x Santos
Jair Ventura ganhou respiro com vitória do Santos sobre o Fluminense, no Maracanã (Foto: Paulo Sergio/Agencia F8)

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O técnico Jair Ventura manteve a mesma linha de discurso dos últimos jogos: sem euforia exagerada pela vitória e sem achar que tudo está perdido. Tranquilo, mais uma vez tratou a pressão com naturalidade e fez questão de exaltar a força do grupo do Santos, já que foi obrigado a mexer até no esquema tático pelos inúmeros desfalques. A vitória sobre o Fluminense pode ter dado um respiro ao seu trabalho no comando do Peixe. 

- Foi (mudança) tática (do 4-3-3 para o 4-4-2). Perdemos quatro atacantes (Sasha, Rodrygo, Arthur Gomes e Yuri Alberto) para esse jogo. Tive de fazer uma mudança tática. Tivemos de mudar por ordem de tudo que aconteceu. Mostra a força do grupo. Mesmo com tantas perdas, tivemos as melhores chances. Importante conseguir jogar no campo do adversário. Vitória estava batendo na trave algumas vezes e agora primeira vitória jogando fora. Sair da situação e, com um jogo a menos, conseguir encostar na parte de cima da tabela - disse, ressaltando o desempenho do atacante Bruno Henrique, que fez seu primeiro gol no ano: 

- Fomos colocando ele (Bruno Henrique) de forma gradativa. Um marco nosso foi a goleada contra o Vitória. Falei para ele que a gente não poderia se abater. E acabou fazendo um lindo gol. É o primeiro jogo do ano dele. É um cara que eu falo desde que cheguei aqui, de quanto o Santos cresceria com ele. Ainda não está na melhor forma, mas foi importantíssimo.

E "nessa loucura" de treinar um time na Série A do Brasileirão, o comandante santista encara com naturalidade o fato de ser questionado a cada jogo e de estar pressionado no cargo. Para ele, isso faz parte da realidade de seus companheiros de profissão no país: 

-  Vida de treinador é essa loucura, sempre pressionado. Um jogo bem equilibrado. Acho que o Santos teve as melhores chances. Aquela cabeçada do Bruno... Depois de tudo o que passamos contra o Corinthians, de jogar melhor e criar as melhores chances na casa do adversário, e a bola não entra volta aquele filme. É a situação de todos os treinadores do Brasil. Eu me preparei bastante para isso. Tento fazer o mesmo e ser a mesma pessoa sempre. A minha permanência não depende de mim. Não vou pedir demissão. Sigo fazendo o meu melhor. Quando a bola entra, as coisas aliviam um pouco. 

​Técnico lamenta ausência de Rodrygo
​Jair também falou sobre a ausência de Rodrygo, um dos quatro atacantes citados acima como desfalque para o jogo no Maracanã. O camisa 43 está próximo de se transferir para o Real Madrid e, por isso, não disputou o jogo contra o Fluminense. 

- Além da pressão, perde um jogador diferenciado no dia do jogo. Quando consegue, mantém o trabalho. Quando não, é demitido. Claro que o Rodrygo fez falta, mas o grupo foi bem. Todos sabem o carinho que tenho pelo Rodrygo, é um joia, mas agora é uma situação entre clube e ele. Foge da alçada do treinador certas situações. O que torço é que possa ser bom para todos, para o Rodrygo e para o Santos também - finalizou. 

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