Fracasso na venda de zagueiro frustra planos econômicos do Santos

Peixe esperava receber R$ 30 milhões com a ida de Lucas Veríssimo para o Spartak de Moscou e se antecipar a relatório do Conselho Fiscal que exige venda de um atleta por ano

Presidente José Carlos Peres reclamou de dívidas no início da gestão
(Foto: Ivan Storti / Santos FC)

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O fracasso da negociação entre Santos e Spartak de Moscou, da Rússia, pela venda do zagueiro Lucas Veríssimo, frustrou os planos da diretoria do Peixe em relação às finanças. O defensor de 22 anos tinha o perfil considerado ideal pelo dirigentes para melhorar o fluxo de caixa e diminuir o prejuízo ao elenco do técnico Jair Ventura.

A ideia dos gestores santistas era se antecipar ao relatório do Conselho Fiscal, elaborado no início do ano. Nas últimas temporadas, o documento sugeria ao presidente e seus pares a venda de pelo menos um atleta para sanar dívidas e pagar a folha salarial, o que não impedia o déficit anual. 

Na negociação com os russos, o Peixe viu a oportunidade de receber valores próximos de R$ 30 milhões (7,5 milhões de euros), quantia colocada na mesa inicialmente pelo Spartak. Desta forma, os europeus teriam que elevar a proposta para atender o pedido do Alvinegro, pois o clube da Vila Belmiro detém 80% do defensor, enquanto empresários e o próprio atleta dividem o restante.

No entanto, o negócio, que parecia caminhar para um desfecho positivo, melou após ruídos de comunicação. O Spastak de Moscou acusou o Peixe de usar um intermediário italiano como representante, enquanto negociava com os empresários de Lucas Veríssimo ao mesmo tempo. Além disso, outros empresários tentaram fazer contato.

A maior preocupação da diretoria santista em adiar a venda de Lucas Veríssimo está no fato do zagueiro ser um dos poucos que tem o perfil considerado ideal para ser negociado com o mercado europeu no momento. Outros jogadores com idade próxima a do defensor que poderiam atrair interesse do Velho Continente não tem o mesmo valor.

O volante Alison, de 24 anos, recebeu a última proposta de compra no começo de 2015, do Internacional, de aproximadamente R$ 5 milhões. Já o meia Vitor Bueno, de 23, atraiu interesse do futebol francês, mas recusou e depois rompeu o ligamento do joelho, retornando apenas agora. O lateral-esquerdo Caju, com 22 anos, chamou a atenção do Lille, da França, e do Apoel, do Chipre, mas ambos quiseram empréstimo com valor menor.

Jovens recém-promovidos da base, como Rodrygo, Yuri Alberto, Arthur Gomes, Bambu, Matheus Guedes, Calabres e Pituca não estão nos planos para serem negociados nesta temporada. O objetivo é que todos esses deem retorno desportivo antes do retorno econômico.

Em 2017 e 2016, a diretoria acatou ao que sugeria o relatório do Conselho Fiscal e vendeu Gabigol e Thiago Maia, respectivamente. Com o atacante, na negociação com a Inter de Milão, o Peixe faturou R$ 65,8 milhões, e R$ 35 milhões com a ida do volante para o Lille.

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