Cuca diz conhecer estilo de Aguirre e não vê clássico como divisor de águas

Treinador admite dificuldade ao enfrentar um dos líderes do Brasileirão, mas ressalta o bom momento vivido pelo Santos para destacar a importância de seguir nos trilhos

Cuca e elenco
Santos enfrenta o São Paulo neste domingo, na Vila Belmiro, pela 25ª rodada do Brasileirão (Foto: Ivan Storti/Santos)

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O técnico do Santos, Cuca, não acredita que o clássico contra o São Paulo será um "divisor de águas" para nenhum dos lados. Para ele, as duas equipes seguirão firmes rumo aos seus objetivos no Campeonato Brasileiro independentemente do resultado da partida deste domingo, às 16h, na Vila Belmiro, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em ascensão com o Santos e invicto há cinco jogos no torneio, o treinador afirmou conhecer o estilo do técnico do adversário, o uruguaio Diego Aguirre. 

- Não vejo como divisor de águas nem para nós e nem para o São Paulo. Qualquer resultado não será uma catástrofe. Os dois continuarão lutando por suas necessidades, cada um na sua. O São Paulo buscando o título e nós, a Libertadores. Outros foram mais divisores. É clássico, jogo importantíssimo, mas coisas continuariam no mesmo ritmo. Estamos no caminho certo, vocês sabem de invencibilidade. É construção do trabalho, confiança voltando, e cada jogo é um teste. No domingo seremos provados mais uma vez. Primeiro clássico comigo e temos confiança por um jogo - disse, durante entrevista coletiva no CT Rei Pelé, nesta sexta-feira, e completou: 

- Treino é tão importante quanto o jogo. No jogo destreina, é só ritmo para quem joga, e não é todo mundo que joga. Treinamos muito, vocês viram, treino de finalização era complemento, tático, físico. Treinamos bem e de repente domingo esperamos fazer uma grande partida, inflamando nosso torcedor. Que saiba entender alguns momentos ruins no jogo contra adversário do seu nível. Diferença pode vir da arquibancada.

Contra seu velho conhecido, Diego Aguirre, Cuca espera fazer um jogo consciente. Afinal, tem noção ampla do estilo do uruguaio e não quer ser surpreendido dentro de casa. 

- A gente tem que entender o São Paulo, o treinador e característica. Aguirre não muda, no Inter, San Lorenzo, Atlético, tem a mesma. Treinador que gosta de marcar no ataque, pressão, propor o jogo, não é que puxa lá atrás todo mundo e espera por uma bola. Ele propõe e nos preparamos em cima disso. Tem tudo para ser uma grande partida - ponderou.

O treinador também revelou fazer as contas para chegar à tão sonhada vaga na Libertadores de 2019. Segundo ele, mais 25 pontos são necessários para atingir o objetivo. 

- Caminha a uma vaga para a Libertadores, seis, sete ou oito. É nosso projeto, nos reunimos na minha sala. Fizemos exercício com o calendário, prognósticos, exercícios que eu gosto. Fizemos ideia do que temos que fazer. No ano passado o sexto acabou com 56. Teríamos que fazer 25, 50% dos pontos. Mais ou menos com isso que trabalhamos.

Confira outros pontos da entrevista coletiva do técnico Cuca: 

Expectativa para o clássico 
Expectativa vem junto com a confiança de jogar em casa, com torcedor, momento bom e contra grande adversário, na coliderança junto com a Internacional. Prenúncio de um grande jogo, com semana para trabalhar. Que possamos fazer uma grande partida em busca da vitória.

Vila Belmiro ou Pacaembu?
Vila Belmiro. Não tem viagem, cabe mais gente no Pacaembu, mas pressão aqui é maior. Pessoal acostumado. Temos que jogar no Pacaembu para premiar grande torcida, mas prefiro jogar aqui.

Não repetir o time
Tem que ter equipe ideal, mas não significa ter os mesmos 11. Trocando um ou dois, é 90% do time repetido e isso não infringe em nada negativo. Às vezes três ou quatro é por questão física, mais descansados. Agora é domingo e domingo, é provável que consigamos repetir se não tivermos lesões ou suspensões.

Derlis brigando por vaga no ataque 
É só não pôr ele que dá para tirar. Deixa eu fazer o papel do advogado dos outros. Gabriel também dá para tirar, mas não sei se é o certo. Rodrygo dá também. Bruno fez a melhor partida dele nos últimos tempos contra o Paraná, está na recuperação franca, grande, bom na bola aérea. Dá para tirar, mas é o certo? Dá para jogar com os quatro, mas não sabemos se é o certo. O que fizermos está meio certo e o que vai falar que é certo é o resultado final.

Contratação de Felippe Cardoso

É um menino de 19 anos, um jogador indicado pela comissão técnica, por mim, o comandante e avaliado por todos. Passou nas avaliações que fizemos, inclusive com o pessoal da base que o conhecia. Pode pensar que é custo alto, mas não é pelos números do futebol de hoje. Tem tudo para dar retorno técnico e mais tarde financeiro. Se trabalharmos com essa filosofia quando não conseguimos captar tudo da base, acho que é um grande negócio. É ter paciência e deixar o tempo falar por si só. Acredito que é uma grande contratação.

Caos político
 
Eu não vejo situação crítica, falando a verdade. Estamos tranquilos na nossa parte, assim como o presidente falou para eu cuidar daqui. E está ótimo para mim. Que todos possam se unir para ficarmos fortalecidos, todo santista têm esse sentimento. Perdemos o Ricardo, faz falta, cara do bem e maravilhoso, mas não temos janela de contratação agora. Coisas ficam mais tranquilas e estabilizadas. Estamos alheios e não respinga nada aqui. Não tem fator política no meio.

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