Com esquema mutante, Jair deve repetir Santos para fixar evolução

Treinador posiciona Peixe de maneiras táticas diferentes ao longo do mesmo jogo e esboça resposta após período de crise; Bruno Henrique melhora, mas time ainda não deve mudar<br>

Elenco do Santos esboçou reação nos últimos dois jogos: goleada sobre o Vitória e empate com o Corinthians
(Foto: Ivan Storti/Santos)

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Para faz jus à própria filosofia de trabalho, o técnico Jair Ventura tem misturado esquemas táticos no Santos dentro de um mesmo jogo. Foi assim tanto na goleada contra o Vitória, na Vila Belmiro, quanto no empate contra o Corinthians, em Itaquera. E é justamente dessa variação que o treinador acredita estar colhendo a resposta que tanto precisava para seguir com seu trabalho no Alvinegro, após de um período de crise. O desempenho melhorou.

Neste domingo, às 19h, na Vila, o Peixe recebe o Internacional, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro e tem a chance de sacramentar a paz e a de repetir a escalação pelo quarto jogo seguido pela primeira vez no ano, mantendo a intensidade e a organização apresentadas nos dos últimos jogos.

- É bom não mexer na equipe para dar identidade. O time está se repetindo, estamos nos entrosando e resposta está sendo boa - ponderou o técnico, que ressaltou que a melhora de Bruno Henrique, após machucar a bacia, pode obrigá-lo a fazer uma alteração entre os 11 titulares.

Nos últimos jogos, a escalação inicial do Peixe foi um 4-3-3, com dois volantes e um meia armador responsáveis por articular o jogo no setor. Assim:

Contra o Corinthians, em determinados momentos, o Peixe deixou apenas Rodrygo e Gabriel mais avançados, jogando numa espécie de 4-4-2, com Sasha se revezando com Renato para saídas pela ala direita. Jogada que funcionou bem com arrancadas do 'Rayo' em cima do lateral-direito Mantuan, quase que o jogo todo coberto pelo zagueiro Balbuena no setor: velocidade e dribles rápidos potencializados pelo esquema de jogo.

Em outros momentos, justamente Sasha era o jogador mais avançado do time, no 4-2-3-1, como no lance em que fez a parede na defesa e tabelou com Gabigol em lance inacreditavelmente desperdiçado pelo camisa 10.

No 4-4-2, o Santos ficou assim: 

E é justamente nessas variações dentro do mesmo jogo que Jair tenta encontrar soluções caseiras para resolver o problema da armação no meio-campo e fazer o Santos fixar a evolução da equipe. Contra o Inter, tem boa chance de mostrar que, de fato, as coisas mudaram para o Alvinegro.

- Deixo eles trabalharem, passo observação para eles. Temos momentos dos jogos nos quais alternamos o sistema com os mesmos jogadores. Os jogadores mudam de posição. Por vezes, temos o Gabigol como 9, extremo, Sasha no quadrado, centralizado, aberto... Depende do momento, do rival, se a linha é de cinco ou de quatro defensores, se vamos espelhar quatro atacantes ou três zagueiros e um atacante para dar dificuldade de não ter encaixe (de marcação). Estamos estudando sempre o adversário - finalizou.

A tendência é que Jair comece novamente com o time no 4-3-3, com os dois volantes e o meia-armador. Bruno deve ganhar alguns minutos ao longo do duelo e, aos poucos, beliscar sua vaga entre os titulares. Com quatro atacantes, Sasha ou Rodrygo podem ser os escolhidos para jogar mais recuados pelo meio. 

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