Saiba possíveis punições para caso de racismo sofrido pela torcida do Palmeiras

Ofensas foram proferidas após o gol de empate do Verdão

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Partida marcou a estreia das equipes na atual edição da Libertadores (LUIS ROBAYO / AFP)

Escrito por Vitor Coelho Palhares, supervisionado por

A Conmebol irá adotar a mesma postura de casos anteriores e investigará os atos de racismo direcionados à torcida do Palmeiras na partida contra o San Lorenzo, no Estádio Nuevo Gasómetro, pela estreia das equipes na atual edição da Copa Libertadores.

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Relatos, vídeos, fotos e demais provas serão encaminhadas à Unidade Disciplinar da Federação que, em geral, necessita de 48 horas após a apresentação do material para abrir um expediente disciplinar, ou seja, indiciar os acusados.

O artigo 15 do Código Disciplinar da Conmebol prevê uma punição de 100 mil dólares (aproximadamente R$500 mil) para esta ocorrência. Em casos de reincidência, a multa chega a 400 mil dólares (cerca de R$ 2 milhões). Sanções como fechamento total ou parcial do estádio também podem ser impostas ao clube argentino.

A Unidade não se manifestará sobre o caso antes do julgamento, o que leva em média 20 dias. Assim que a Confederação tiver uma posição definitiva, a mesma será publicada no portal oficial da instituição.

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Torcedora do San Lorenzo imita gestos de macaco em direção à torcida do Palmeiras; punição por ato de racismo prevê pagamento de multa (foto: Reprodução)

- Qualquer Associação Membro ou clube cujos torcedores insultarem ou atentarem contra a dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas, por qualquer meio, tendo como motivo a cor da pele, raça, sexo ou orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem, será sancionado com uma multa de pelo menos CEM MIL DÓLARES AMERICANOS (USD. 100.000). Em caso de reincidência, o infrator poderá ser punido com multa de DÓLARES AMERICANOS QUATROCENTOS MIL (USD 400.000) - diz um trecho do código disciplinar da Conmebol.

Em contato com a reportagem, a Conmebol afirmou que considera qualquer manifestação de racismo ou outras formas de descriminação em seus torneios inaceitável. Vale lembrar que Alejandro Domínguez, presidente da Confederação, garantiu em entrevista que a atual edição - da Libertadores e Sul-Americana - terá "tolerância zero" com casos de racismo.

- Tolerância zero para nós. Essa é uma questão muito importante para nós, que falamos na FIFA, porque não é só os jogadores daqui da América que sofrem com a discriminação - disse Domínguez.

Em texto publicado nas redes sociais, o Verdão afirma que está "enraizada" na história da instituição a luta contra todo tipo de preconceito.

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CONFIRA O HISTÓRICO DE PUNIÇÕES

Segundo levantamento realizado pelo Lance!, baseado em informações do Observatório da Discrminação Racial no Futebol Brasileiro, foram realizadas 48 denúncias ou flagrantes de racismo em partidas de competições organizadas pela Conmebol entre 2014 e maio de 2022.

No entanto, apenas 11 casos renderam alguma forma de punição aos acusados. Em 32 ocorrências, os autores sequer foram identificados pelas autoridades responsáveis.

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