Presidente do Cruzeiro justifica ida de Diogo Barbosa ao Palmeiras e abre negociação para contratar Egídio

Dirigente explicou que a situação financeira da Raposa teve papel importante ao não cobrir a oferta feita pelo Verdão, que mostrou-se disposto até a emprestar atletas em 2018

Gilvan Tavares (Foto: Washington Alves / Cruzeiro)
Gilvan Tavares explicou os motivos para negociar Diogo Barbosa com o Verdão (Foto: Washington Alves / Cruzeiro)

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Presidente do Cruzeiro até o fim do ano, Gilvan de Pinho Tavares justificou nesta quarta-feira a venda de Diogo Barbosa para o Palmeiras. De acordo com o dirigente, o clube não teve condições de cobrir a oferta feita pelo time paulista e por isso aceitou 1,5 milhão de euros (R$ 5,8 milhões) pelos 25% de direitos econômicos do lateral-esquerdo. Em contrapartida, já está negociando com um atleta do Verdão: Egídio.

- Recebemos uma intimação do Coimbra, que é o clube detentor dos 75% dos direitos do atleta, na qual é nos dado um prazo de 48 horas para exercermos o pagamento de 4,5 milhões de euros pelo atleta sob pena de termos que entregar o atleta de imediato. Expusemos o problema para a nova diretoria (que assume em janeiro) e eles disseram o seguinte: "não faz o negócio porque vamos conseguir um fundo de investimento". Eu preferia que o atleta seguisse no Cruzeiro, mas tenho um prazo a cumprir - disse o dirigente, de acordo com o site Superesportes.

- Não conseguiram a prorrogação do prazo. Então o que eu fiz: em vez de 4,5 milhões de euros, consegui com o empresário o aumento da oferta para 6 milhões de euros, isso negociando com o empresário e o Palmeiras, para que o Cruzeiro pudesse receber 1,5 milhão de euros por 25%. Digo aos senhores que fomos obrigados a respeitar o contrato porque não tínhamos dinheiro suficiente para cobrir esse valor. E num momento pior para os clubes brasileiros, quando recebemos menos receitas. Temos décimo terceiro salário para pagar e rescisões de contrato que implicam numa despesa maior - acrescentou.

A proposta apresentada pelo Palmeiras era por 100% do jogador, por 4,5 milhões de euros (R$ 17 milhões). Era necessária uma oferta pela totalidade dos direitos para obrigar o Cruzeiro ou a tentar cobrir, o que não ocorreu, ou a negociar o camisa 6, com quem tinha contrato de empréstimo até o fim de 2018. 

Destes 4,5 milhões de euros, a Raposa teria direito a 1,1 milhão (R$ 4,2 milhões). Houve um acordo entre as diretorias, e a quantia que ficará com o clube mineiro aumentou para 1,5 milhão de euros (R$ 5,8 milhões). A boa relação entre Alexandre Mattos, diretor de futebol do Verdão, e membros do BMG foi decisiva para que não fosse preciso adquirir os outros 75% de forma imediata.

EGÍDIO A CAMINHO?

Ainda segundo Gilvan, Mattos mostrou-se disposto a ceder jogadores emprestados em 2018 para completar o elenco celeste. Mas o substituto de Diogo Barbosa deve ser um palmeirense que ficará sem contrato em dezembro: Egídio. Bicampeão brasileiro pela Raposa em 2013 e 2014, o jogador já recebeu um contato por meio de seu estafe.

- Esse atleta que a gente estaria disposto a trazer para reposição de peça (Egídio) nós já conversamos com o empresário dele, e o treinador do Cruzeiro gosta desse atleta - completou Gilvan.

- Não foi possível segurar o Diogo, mas como temos um entendimento muito bom com o Palmeiras, pois lá tem um diretor de futebol que trabalhou com a gente aqui e que felizmente tem uma admiração muito grande por esse presidente. Conversamos com o treinador do Cruzeiro sobre um atleta que eles têm e possivelmente não vai ficar. Ele se mostrou propenso a nos ajudar nessa transação e até, se for necessário, com mais alguns atletas. Ele estaria disposto a emprestar sem ônus para o Cruzeiro - encerrou.

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