Por título, Luxa abre mão de ter time ideal e adapta tática ao longo do jogo

Com jogo único de semifinal de Paulista pela frente, o treinador não está preocupado em buscar uma formação ideal sem a presença de Dudu e aproveita até as cinco substituições

Vanderlei Luxemburgo Palmeiras
Vanderlei Luxemburgo vai adaptando o time ao longo do jogo para tentar o título (Cesar Greco/Agência Palmeiras)

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Qual é a melhor forma de jogar sem Dudu, emprestado ao Al Duhail, do Qatar: com três volantes que chegam à área ou com um armador? Vanderlei Luxemburgo não se mostra preocupado em responder já essa pergunta. Com um jogo único de semifinal no fim de semana, contra adversário a ser definido, para seguir na busca pelo título paulista, o técnico montará o Palmeiras com uma estratégia a ser ajustada, inclusive, usando as cinco substituições.

- Vamos jogar domingo, quarta e domingo até o fim do ano. Eu já tinha dito que existe a possibilidade de jogar com três no meio-campo mais marcadores e três atacantes, com um meio-campo mais pesado, como também posso ter um meio-campo mais leve. Depende do jogo - argumentou o treinador.

- Fizemos uma estratégia para trabalhar cada momento, e ter cinco substituições favorece, temos a possibilidade de usar durante os jogos. Contra o Água Santa, o Lucas Lima começou jogando, e usei o banco para virar o jogo. Contra o Santo André, optei por um meio-campo que podem achar defensivo, mas os três têm qualidade para jogar e chegaram muitas vezes, sem deixar o time vulnerável - continuou argumentando o técnico.

O que temos visto até agora é Luxemburgo mantendo o que considera que deu certo na partida anterior. O comandante considerou que o time melhorou no segundo tempo da derrota para o Corinthians com Lucas Lima e o manteve contra o Água Santa, mas viu a equipe evoluir também depois do intervalo, com Ramires e Gabriel Menino, e escalou ambos como titulares na partida única das quartas de final do Campeonato Paulista, diante do Santo André.

A manutenção segue também com a análise do adversário. Entrando em mata-mata com treinos tão raros, em sequência de curto intervalo que seguirá até o final da temporada, no ano que vem, Luxemburgo vai além da estratégia da análise do jogo a jogo. Entra na tática a possibilidade de mudar metade dos atletas de linha com a liberação de cinco substituições por conta da pandemia.

Ter uma formação ideal já não é mais objetivo, até porque, a princípio, não ocorrerão nem contratações para a temporada, como consequência da crise financeira. Está mais do que mantida a proposta feita quando Luxemburgo foi contratado, em dezembro, de utilizar ao máximo o elogiado elenco que tem em mãos, pois a política palmeirense para 2020 passou a ser de conter gastos.

- Isso de buscar time ideal é criação dos outros. Estou trabalhando com o elenco que tenho, ora entra um, ora outro. A proposta é essa, de tentar recuperar jogadores desgastados, montar uma equipe, dando oportunidade para a base. Não tem outra proposta e, se eu não a quisesse, não viria. É um trabalho difícil, duro de ser feito, mas estamos fazendo. Eu gostaria de ter um time ideal, mas boto o jogador e quem se garante em campo é ele. Vou girando o elenco e usando da melhor maneira possível - argumentou Luxemburgo.

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