Palmeiras ‘perde a liga’ e estreia no BR com replay do jogo contra o Boca

Primeiro tempo fraco, melhora ofensiva com a entrada de Guerra e falha defensiva no fim... Últimos dois jogos do Verdão tiveram enredos - e erros - parecidos

Botafogo 1x1 Palmeiras
Celso Pupo/Fotoarena

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O empate por 1 a 1 com o Botafogo, na noite desta segunda-feira, assemelhou-se em muitos aspectos a outro 1 a 1 do Palmeiras: contra o Boca Juniors, na quarta passada, pela Copa Libertadores. 

Assim como diante dos argentinos, o time de Roger Machado não conseguiu jogar no primeiro tempo de sua estreia no Brasileirão. Felipe Melo e Bruno Henrique, bem marcados, não puderam compensar o desempenho fraco de Lucas Lima. O camisa 20 se mexe, procura o jogo e toca bastante na bola, mas está sempre muito longe do gol e opta por passes pouco contundentes.

- Às vezes o atleta não consegue se posicionar no tempo para se oferecer como linha de passe e ser acionado. O Lucas participou do jogo, tocou bastante na bola, mas muito mais lateralizado do que às costas da linha, onde havia espaço. Ele até se posicionou ali, mas não conseguiu encontrar o "timing" - explicou Roger, em sua coletiva após a partida no Rio de Janeiro.


Outra semelhança entre as duas partidas é a melhora do rendimento ofensivo do Palmeiras com Guerra como armador. Contra o Boca, o venezuelano substituiu Bruno Henrique a dez minutos do fim - Lucas Lima já havia dado seu lugar a Moisés -, e teve tempo de dar uma linda assistência para o gol de Keno. Diante do Botafogo, a troca de Lucas Lima por Guerra veio logo no intervalo e foi coroada com um gol do venezuelano.

Nos últimos jogos, as características de Guerra têm feito o time funcionar melhor. Ele sempre recebe a bola entre as linhas de marcação do adversário e vira opção de passe para volantes e atacantes. Chegar à área para finalizar é algo que seu concorrente não faz há algum tempo. Talvez já seja a hora de experimentar esta mudança desde o apito inicial.

- Durante o primeiro tempo, o que eu senti foi a necessidade de ter um jogador mais à frente da linha. Por isso foi a opção pela entrada do Guerra no segundo tempo. E se mostrou acertada, ele entrou bem na partida. O Guerra se colocou como linha de passe e chegou um pouco mais dentro da área, o que nos deu a condição de empurrar o Botafogo para o campo dele - emendou Roger.

Aí vem a terceira e mais desagradável semelhança entre os dois jogos: o time permitiu que o adversário buscasse o empate nos instantes finais com erros primários na defesa. Na Libertadores, Marcos Rocha e Antônio Carlos vacilaram. No Brasileiro, Felipe Melo - em noite muito ruim - cometeu a falha mais grosseira do lance.

O Palmeiras "perdeu a liga" nas últimas semanas, especificamente a partir da final do Paulistão. O jogo que caracterizou a equipe de Roger em seus melhores momentos, com marcação forte desde o campo de ataque e saída de bola qualificada com bom apoio dos volantes, tem aparecido menos. É hora de usar as lições deixadas pelos últimos compromissos e buscar correções. Em outros momentos, o técnico conseguiu fazê-lo.

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