Panamá, Felipão e fim do ‘coleguismo’: Mattos elogia ambiente do Palmeiras

Diretor de futebol diz que viagem à América Central durante a Copa do Mundo 'rompeu barreiras' de relacionamento e chegada do técnico aflorou fatores que faltavam ao elenco

Treino do Palmeiras
Scolari é elogiado pelo diretor de futebol por melhorar ambiente do Palmeiras (Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)

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Nesta quinta-feira, no Chile, o Palmeiras enfrenta o Colo Colo, pela ida das quartas de final da Libertadores, se sentido mais forte do que antes da Copa do Mundo. A sensação foi passada pelo diretor de futebol Alexandre Mattos, que apontou a chegada do técnico Luiz Felipe Scolari e a viagem para amistosos no Panamá e na Costa Rica, durante a parada da temporada para a Copa do Mundo, como fundamentais para melhorar o ambiente.

- A chegada do Felipão aflorou tudo, porque ele é especialista em colocar adubo e sol para aflorar a situação toda. Até por características do próprio Felipe, extremamente próximo, com diálogo no olho no olho, fazendo 'famílias Felipão' na carreira. Sabíamos que, com ele, poderiam aflorar coisas que estavam ainda adormecidas. O ambiente ajuda demais a conseguir vitórias e títulos. É óbvio que o trabalho técnico e tático e a estrutura são fundamentais, mas ambiente é quase 50% para conseguir os resultados - disse ao SporTV.

- Em três anos e meio aqui, já peguei ambiente carregado, com falta de confiança. O ambiente aqui era bom, só precisava romper barreiras. Estava só com coleguismo, precisávamos ser um pouco mais, nos doar mais. Rompemos barreiras de convivência que existiam há um tempo. Criamos intimidade e cumplicidade entre eles. Isso nos ajudou bastante, ter um ambiente agradável e bem melhor do que o ambiente carregado do ano passado - prosseguiu.

Antes da chegada de Scolari, ainda com Roger Machado no comando, o período do elenco na América Central é considerado por Alexandre Mattos como fundamental para o grupo melhorar o relacionamento e alcançar fatores que faziam falta. Na visão do diretor, os jogadores deixaram de ser somente colegas e isso tem sido visto dentro de campo.

- O Palmeiras não foi para o Panamá fazer amistoso. Com todo respeito, fomos muito bem recebidos, mas fomos nos preparar, criar ambiente. Quem está no dia a dia detectou a necessidade de uma convivência maior. E não foi Nordeste ou em Londrina, por exemplo, porque queríamos privacidade. O principal era a convivência. Fiz isso em 2013 e 2014 no Cruzeiro e deu certo. Os títulos vieram porque teve muito trabalho, mas o ambiente é fundamental - falou, elogiando o rodízio que Felipão vem fazendo intercalando times no Brasileiro, na Copa do Brasil e na Libertadores.

- O fato de o Felipe conseguir colocar jogadores para atuar é ligada à confiança que se passa ao jogador. Jogador quer jogar, principalmente os de alto nível que estão no Palmeiras, dito por todos como um dos melhores elencos. Tem jogador aqui que constantemente recebe telefonema de clube grande querendo. Se esse jogador não vê brecha, deixa cair. Estar bem porque tem jogo no domingo e na quarta é fundamental para a confiança. O ambiente melhorou com esse situação. O Felipão é espetacular, parceiro e não é o dono da verdade, apesar da carreira maravilhosa que tem. Sempre conversamos sobre tudo - completou, elogiando Roger.

- O Roger tem potencial de evolução para ser um dos grandes, e tenho convicção de que será e que trabalharei com ele em outras oportunidades. Todo sucesso e título que tivermos, o Roger tem uma participação monstruosa por metodologia, questões táticas e físicas. Ele contribuiu bastante. Mas com o Felipão, pela vasta experiência de vida e no Palmeiras, fizemos a opção adequada - comentou Alexandre Mattos.

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