Mano faz sinal positivo para grama sintética no Allianz e opina sobre racismo: ‘Futebol não é uma ilha’

Treinador ainda comemora gol salvador de Felipe Melo aos 54 do segundo tempo, que valeu a vitória do Palmeiras sobre a Chapecoense: 'Fomos premiados pela insistência'

Palmeiras x Chapecoense - Mano Menezes
NO SUFOCO! Palmeiras de Mano Menezes venceu com gol nos acréscimos (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

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O tom calmo e assertivo de Mano Menezes nesta quarta-feira, no Allianz Parque, contrasta com os nervos dos torcedor alviverde após a vitória do Palmeiras por 1 a 0 sobre a Chapecoense, conquistada com um gol aos 54 minutos do segundo tempo. Aliviado, o treinador respondeu sobre temas ainda mais delicados que o triunfo emocionante, válido pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro, e que manteve o líder Flamengo a oito pontos de distância. 

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Representantes do Palmeiras e da WTorre, que administra o estádio do clube paulista, estiveram na Europa durante a semana para estudar a implementação de grama sintética na arena palmeirense. Mano Menezes acenou positivamente para a possibilidade. 

- A questão é bem objetiva: O Palmeiras tem um estádio, esse estádio tem uma parceria com a WTorre, e está lá no contrato que existirão show no Allianz por muitos anos. O Palmeiras vai resolver essa questão e tomar a decisão, juntamente com o seu parceiro, que achar a mais correta para que nós, em momentos importantes, possamos ter o nosso estádio, nossa casa, que é o que o torcedor quer. Acho bom, acho positivo a oportunidade de fazer jogos importantes mais vezes em casa - disse o técnico.

Na última rodada, o duelo entre Roger Machado e Marcão, respectivos treinadores de Bahia e Fluminense, avançou para além das quatro linhas e colocou o racismo como pauta central no futebol brasileiro. Para Mano Menezes, a questão não está restrita ao esporte.  

- O racismo existe na sociedade brasileira, é um fato. Porque não existiria no futebol? Futebol não é uma Ilha. Por mais diferenças que temos da maioria da sociedade em relação a salários, que são bem diferentes da maioria, somos da sociedade, e os comportamentos que temos aqui vamos trazer de lá. Não tem como ser diferente. Porque vamos exigir do futebol algo que a sociedade faz como um todo? - questionou.

Ao falar da vitória dramática desta quarta-feira, Mano citou a postura defensiva do adversário como explicação para a má atuação no primeiro tempo, e disse que o desempenho na etapa final merecia um placar mais significativo.

- Talvez se a Chape jogasse com três zagueiros contra os outros, seriam difícil para eles também. É que com a gente, o pessoal tem vindo mais fechadinho. É um direito que eles tem, só estou citando a diferença. Na primeira parte, não soubemos entender a maneira certa de atacar contra uma linha de cinco. Nos precipitamos, erramos, a torcida começou a ficar ansiosa. No segundo tempo a equipe jogou bem, merecia ter feito um placar mais elástico ou aberto o placar antes. Porque atacou pelos dois lados, chutou de fora da área, cabeceou... Isso tornou o jogo muito dramático, até o ponto de que o gol começou com uma grande defesa do Weverton. Ali foi meio gol. Fomos premiados pela insistência. Jogos como esse serão jogados no segundo turno, e quando demorarmos a iniciar a vitória, se tornarão dramáticos. Mas é importante para a equipe amadurecer e a comissão aprender a encontrar soluções.

O Palmeiras volta a campo no próximo domingo, às 19h, para enfrentar o Athletico-PR, na Arena da Baixada.

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