Em ‘interrogatório’, Cuca diz por que usou pouco Borja: ‘Não é sacanagem’

Torcida ficou incomoda com o técnico, que colocou o centroavante nos últimos minutos da partida contra o Vasco e nem conseguiu tocar na bola. Ele se vê resiliente no Palmeiras

Borja
(Foto: Cesar Greco)

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A torcida do Palmeiras questionou Cuca por ter colocado Borja nos últimos lances de Vasco 1 x 1 Palmeiras, no domingo. Após o treino desta sexta, o técnico pela primeira vez explicou sua decisão, justificando que não teve intenção de irritar ou provocar o colombiano.

- Recebe-se críticas pelo resultado. Não posso avaliar meu trabalho pelo resultado. Ia colocar o Borja e o Hyoran faltando 15 minutos e na hora exata saiu o gol. Já não tem então a necessidade de colocá-los no momento, a ideia então era manter a posse de bola e aí colocamos o Zé Roberto. O jogo estava sob controle, tomamos o gol aos 43, de bola parada. Até a comemoração, a bola voltar, ele entrou aos 45 e pouco. Se tenho uma substituição a fazer, precisava arriscar - justificou o treinador.

De fato, Cuca já estava com Hyoran e Borja prontos para entrar, quando Guerra abriu o placar em Volta Redonda (RJ), aos 32 minutos do segundo tempo. O técnico colocou os dois no banco mais uma vez, e aos 36 tirou o venezuelano para dar lugar a Zé Roberto. Graças ao empate já aos 43, Borja enfim entrou, mas já aos 46. Ele nem tocou na bola nos quase dois minutos em que esteve em campo.

- O cara que pensa um pouco com a cabeça de treinador, não pode pensar que é sacanagem colocar dois minutos. Não pegou na bola, mas a chance dele fazer gol era maior do que do volante que tiramos. Cabe entender ou não a necessidade e o que pensei no momento. Se a gente não toma o gol, era uma substituição que não precisava fazer, o jogo estava controlado. Ele entendeu - acrescentou.

A pergunta foi mais uma daquilo que Cuca classificou como seu "interrogatório", após o treino. Os questionamentos que vem recebendo da imprensa foram citados quando ele respondeu sobre a importância de cursos tanto para trabalhar no exterior quanto no Brasil.

- Eu sou favorável à evolução. Mas não sei o quanto vai te adiantar algo nesse sentido. Você está no meio de uma resiliência, como eu estou, é o melhor exercício possível. Você ter essa força, estar no meio de uma crise e sair dela. Isso faz parte do treinador. Onde você vai fazer um curso desse aí? Eu quando veio para coletiva, venho para um interrogatório. Vocês vêm com as perguntas prontas, eu de peito aberto. Esse é o maior treino que pode existir. E você ser franco, honesto, falar o que sente. Às vezes tem consequência - completou.

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