Palmeiras finaliza quase quatro vezes mais, mas com herói de sempre: Dudu

O Verdão conseguiu deixar sua torcida agoniada no Allianz Parque, diante da pior equipe do Brasileiro, desperdiçando chances claras; mais uma vez, o ímpeto do camisa 7 decidiu

Dudu Palmeiras
Dudu foi quem mais buscou o jogo em uma noite de agonia do Palmeiras no Allianz (Agência Palmeiras/Divulgação)

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Está longe de ser novidade que Dudu é imprescindível para o Palmeiras. Mesmo diante do pior time do Campeonato Brasileiro. O atual campeão brasileiro deixou sua torcida sob intenso desespero, no Allianz Parque, finalizando quase quatro vezes mais do que a Chapecoense, desperdiçando chances claras. A vitória por 1 a 0, já aos 54 minutos do segundo tempo, veio muito por conta do ímpeto do camisa 7.

Descontrolado, inclusive correndo o risco de perder - Weverton fez grande defesa para evitar um gol do clube catarinense em contra-ataque no segundo tempo -, o Verdão não soube encontrar alternativas diante da previsível postura defensiva de um adversário que somou 16 pontos em 26 rodadas. Limitou-se a procurar Dudu. E o ídolo não se escondeu, chamou o jogo para si.

Os números do Footstats deixam ainda mais claro o que é nítido para quem viu a partida desta quarta-feira. Dudu foi quem teve mais posse de bola (9,66%, atrás só dos 11,71% do goleiro João Ricardo, da Chapecoense), assistências de finalização (seis, das 20 do time, o que representa 30%), cruzamentos (21, sendo seis certos, dos 48 totais do Palmeiras, representando 43,75%) e dribles (12, acertando oito, um terço dos 18 dribles totais da equipe).

Na parte final do segundo tempo, quando já não havia mais outro motivo para sonhar com uma vitória nesta noite, o roteiro do Palmeiras ficou previsível: buscar Dudu na ponta direita, para driblar e cruzar. Já aos 54, o atacante resolveu ir em direção à pequena área, caiu e, em mais um de muitos bate-rebates do jogo, Felipe Melo balançou as redes.

Time e torcida ficaram aliviados. Pouco depois, o jogo acabou. Assim como a tensão que exatamente um time nada além de previsível acabou causando. Mano Menezes apostou em Zé Rafael no lugar de Willian e deu novas oportunidades aos criticados Gustavo Scarpa e Deyverson. Nada disso deu certo, de novo, e o técnico preferiu não inovar: trocou os três por Willian, Raphael Veiga e Henrique Dourado, sem nenhuma mudança tática.

A equipe, que sofria para balançar as redes do pior time da competição, mostrou descontrole para fazer o básico: acertar o gol. No total, foram 26 finalizações (10 certas), contra somente sete do adversário (duas na direção correta). Willian desperdiçou chances inacreditáveis. Mas Deyverson, que recebeu uma das maiores vaias da história do Allianz Parque, Gustavo Gómez e Bruno Henrique também erraram quando parecia impossível.

O descontrole era tão grande que, enquanto o zagueiro Gum, da Chapecoense, enrolava para deixar o gramado após ser expulso, Victor Luis conseguiu receber o cartão vermelho estando no banco de reservas. Nas arquibancadas, foi possível ouvir todo tipo de xingamento, fosse para o diretor de futebol Alexandre Mattos ou para qualquer membro da comissão técnica ou do elenco.

Parecia que os momentos de alegria se limitariam a celebração do gol do Fortaleza, que acabou perdendo por 2 a 1 para o Flamengo, e a um carrinho de Weverton, para evitar que a bola saísse pela lateral, além da grande defesa para evitar o gol da Chapecoense. Mas saiu o 1 a 0, que mantém o Palmeiras na vice-liderança, a cinco pontos do Flamengo.

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