Felipão diz que está ‘tudo bem’ dentro de campo e agora vai trabalhar a ‘cabeça’ do Palmeiras

Após vencer o Corinthians, técnico credita resultados rápidos de seu trabalho ao fato de ser 'da casa' e diz que agora precisa corrigir detalhes fora do campo

Palmeiras x Corinthians
Felipão chegou à vitória de número 200 no Palmeiras - FOTO: Anderson Rodrigues/AGENCIA F8

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Com oito vitórias, dois empates e só uma derrota nesta nova passagem pelo Palmeiras - e vivo no Brasileirão, na Libertadores e na Copa do Brasil -, o técnico Luiz Felipe Scolari disse após o Dérbi deste domingo que "está tudo bem" dentro de campo e creditou os resultados quase imediatos de seu trabalho ao fato de ser "da casa", mas ponderou que ainda precisa trabalhar "a cabeça" do time.

- Ainda preciso ajustar alguns procedimentos do nosso time, fora do futebol. Dentro de campo está tudo bem organizado, com o Carlos (Pracidelli, auxilar), com o Paulo (Turra, também auxiliar), com o nosso preparador físico (Omar Feitosa), com nosso centro nos dando condições... Está tudo bem. Agora preciso ajustar algumas situações que não são de dentro de campo. É o que me preocupa, porque para a gente ganhar precisa ter cabeça boa. Aí vocês podem perguntar: como cabeça boa se tu foi expulso? Sei disso. Fui expulso porque não concordei duas vezes com os critérios, era essa a minha cobrança, mas cada um, cada um - declarou o treinador, lembrando que foi expulso no fim do jogo contra o Corinthians.

Felipão não entrou em detalhes sobre o que precisa ser modificado, mas disse em uma resposta anterior que ainda precisa fazer correções no comportamento de Deyverson. O autor do gol da vitória, muito pilhado, envolveu-se em pequenas confusões durante a partida e deu início a um ríspido bate-boca entre as duas equipes ao piscar para os reservas corintianos quando foi substituído.

- Eu pergunto para ti o que eu tenho que fazer para mudar algumas coisas do Deyverson. Ainda tenho que mudar algumas coisas. No futuro, posso até ser lembrado por ele se conseguir mudar algumas situações que não pegam bem dentro e fora do campo. Ainda tenho que conversar com o Deyverson. Mas, dentro de campo, ele se dedica. É um centroavante que não perde bola aérea. A gente só dá a chance - declarou o treinador, que orientou os seus jogadores a fugirem de confusões:

- O Palmeiras tem que jogar futebol. Não tem que brigar com o Corinthians. Tem que emparelhar a vontade do Corinthians, mas jogar futebol, não brigar, não entrar em confusão. Hoje, em muitas situações, puxamos o freio de mão para não brigar e jogar mais.


Este foi apenas o 11º jogo de Scolari desde o retorno ao Palmeiras, mas já são 419 no total, agora com 200 vitórias. É por isso que ele citou o fato de ser "da casa" ao explicar o bom início.

- Eu sou da casa, é a terceira vez que estou no Palmeiras. Embora do Sul, eu me sinto palmeirense pelo trabalho e pelo coração. Me receberam como sendo uma pessoa da casa. Segundo que o trabalho anterior ao meu tinha base. Aproveitei essa base e dei algumas retocadas no sentido de ambiente, amizade, carinho. Depois, pela dificuldade que a gente tem por jogar os três campeonatos, fui aproveitando os dados que me fornecem para ir trocando jogadores. Vem dando certo. Fora isso tudo, tenho que agradecer ao Paulo Turra e ao Carlos Pracidelli, que têm feito o trabalho diário, de acordo com o planejamento, para dar equilíbrio e identidade à equipe. Gerenciei algumas coisas e coloquei meu conhecimento, a minha experiência. Nada mais - completou.

Cada um dos próximos três compromissos do Verdão será por uma competição diferente: Cruzeiro, quarta-feira, dando início à semifinal da Copa do Brasil; Bahia, domingo, pelo Brasileirão; e Colo-Colo, na quinta-feira seguinte, abrindo as quartas da Libertadores. Destas, apenas a partida contra o Cruzeiro será em casa.

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