Deyverson cita mérito de Felipão em sua melhora: ‘Era o que eu precisava’

Atacante fez nove dos seus dez gols no sob o comando do técnico e saiu de um dos mais criticados pela torcida do Palmeiras para peça-chave na conquista do título brasileiro

Palmeiras
Deyverson dá um beijo em Luiz Felipe Scolari na festa do título brasileiro, em São Januário (Foto: Cesar Greco)

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As duas vitórias do Palmeiras sobre o Vasco no Brasileiro tiveram gols de Deyverson e sentimentos diferentes para o atacante. No primeiro turno, ele foi às lágrimas e pediu desculpas à torcida pela má fase. Já no fim do campeonato acabou como peça-chave para o título nacional. Segundo o camisa 16, Luiz Felipe Scolari teve influência direta nessa ressurreição.

- Ele (Felipão) motiva a cada um. Dá confiança, não abre mão de você. Ele vai te abraçar, mas se precisar te dar um pontapé para você acordar, ele vai dar. O pontapé que ele me deu foi para chutar com a direita (Deyverson é canhoto), para me posicionar em campo. Ele incentiva você a melhorar. Que não me levem a mal, não estou falando mal de outros treinadores. Jamais. Mas a forma que ele treina é o que eu precisava. Ele exige com minha perna ruim, nos movimentos que eu não fazia - contou Deyverson, em entrevista para o jornalista Murilo Dias, da TV Palmeiras (veja a entrevista abaixo).

Muito criticado pela torcida, Deyverson fez naquele jogo contra o Vasco no Allianz Parque seu primeiro gol em jogos oficiais de 2018. No primeiro semestre, ele perdeu tempo por conta de uma lesão no pé direito e não conseguia se firmar. Por tudo isso, ficou emocionado.

- Quando fiz o gol contra o Vasco, quis pedir desculpas pelo momento que estava passando. Estava sem confiança, triste e não tinha por que não pedir desculpa. Eu sabia que poderia dar mais. Pedi desculpa por não voltar da mesma forma que estava antes da minha lesão - justificou.

Por se encaixar no estilo de Felipão, vertical e de muito jogo aéreo, o atacante foi bancado pelo chefe, que passou a revezá-lo com Borja. Assim, ganhou importância e terminou o Brasileirão com nove gols. O último deles, feito também contra o Vasco, acabou sendo o gol do título brasileiro.

- A jogada foi toda do Dudu e Willian. Eu só tive de empurrar. Foi um ano de turbulências e alegrias. Tive o problema com a lesão, mas a estrutura do Palmeiras me deixou voltar o quanto antes. Foi o ano mais importante da minha carreira e importante para a minha família, também - completou.

Além dos gols, o jeito excêntrico acabou causando polêmicas com adversários, que o taxaram de provocador. No elenco, é consenso que Deyverson é uma boa pessoa, mas tem um "chip solto". Os causos acabaram gerando apelidos, e só um não o agrada.

- Não sou muito fã do Diabo Loiro. Pode ser Anjo Loiro, Menino Maluquinho, de boa. Chamando com respeito, eu entendo - completou.

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