Cuca assume culpa e diz: ‘Se precisar, ponho Mina de centroavante de novo’

Técnico dá de ombros para críticas sobre as improvisações do Palmeiras na parte final do Dérbi e diz que não pode 'ficar quieto vendo acontecer'. Ele lamenta não ter os 11 definidos

Cuca durante o Dérbi (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
Cuca durante o Dérbi (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

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O Palmeiras terminou o clássico contra o Corinthians com Zé Roberto como zagueiro, Róger Guedes como lateral-direito e Mina como centroavante. Para os críticos de Cuca, uma prova de desorganização. Para o técnico, um sintoma natural em uma equipe que está buscando reagir de alguma forma. E ele avisa que não se importará em fazer de novo.

- Ano passado eu tinha um time definido e, quando precisava mexer, criava alguma coisa. Esse ano, além de não ter definido, tento fazer uma criação e às vezes não ajuda. É meu perfil, não posso perder o jogo e ficar quieto vendo acontecer. Eu vou pôr o Mina de centroavante. Vou pôr de novo se precisar. Se eu tivesse outro ali hoje, colocaria, mas não tinha. Não ligo que achem ruim porque coloquei o Zé de zagueiro pelo lado esquerdo para o Mina ir para a frente. Não adiantou nada, mas foi uma tentativa - explicou o técnico, após a derrota por 2 a 0.


O Verdão foi derrotado em seus últimos três compromissos: Barcelona de Guyaquil, pela Libertadores, Cruzeiro e Corinthians. Segundo Cuca, a culpa pela oscilação da equipe é dele.

- Eu sou muito realista. Não consegui definir ainda um Palmeiras, não consegui ainda definir as laterais, dar uma sequência para eles, dizer "vocês são meus titulares, vamos". Não consegui definir ainda o centroavante. Não é porque não quero, é porque não consegui. E isso é culpa minha, não de quem está jogando. Tento dar sequência, como dei para o Egídio até agora, a tolerância com ele é pequena nos jogos em casa, se ponham no lugar dele. É difícil para ele, para o Borja... A gente tem que assumir responsabilidade - completou ele, que citou o "momento mágico" do Corinthians.


- Se você notar, esse momento do Corinthians começou lá naquele jogo contra o Palmeiras (vitória corintiana pelo Paulistão, por 1 a 0, em Itaquera). Tinha uma instabilidade grande em todo o Corinthians, e aquele clássico deu confiança. O Jô entrou naquele jogo, era reserva, estava sendo questionado. Clássico muda muita coisa. Hoje eles têm uma consistência defensiva muito grande, se acostumaram a jogar dessa forma. Tem gente que não gosta, eu acho bonito, mas tenho outro jeito. Ano passado deu certo, esse ano não está dando. Temos que ser realistas, o Corinthians hoje está de parabéns. Chutamos 14, eles chutaram três e ganharam. Foi injusto? Não foi. Eles mereceram - concluiu.

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