Buscar acordo ou esperar a Justiça? Em silêncio, Palmeiras analisa ‘caso Scarpa’ antes de definir estratégia

Justiça derrubou a liminar que liberava o jogador do Fluminense. Palmeiras espera notificação para decidir como vai agir no caso e não cogita pagar a multa rescisória

Gustavo Scarpa
Gustavo Scarpa treinou no Palmeiras nesta quinta-feira (Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras)

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O Palmeiras ainda não se pronunciou de forma oficial sobre a queda da liminar que liberava Gustavo Scarpa do Fluminense. O Verdão não vai se manifestar - e nem agir - antes de ser notificado sobre a reativação do vínculo do jogador com a equipe carioca e entender os motivos da decisão do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro.

Quando a notificação for feita, o primeiro efeito será a suspensão do contrato do jogador com o Palmeiras. A partir daí, ele não poderá participar dos jogos e pode até receber do Fluminense uma solicitação para se reapresentar.

Pagar a multa rescisória estipulada no contrato de Gustavo Scarpa com o Fluminense não é uma alternativa considerada pelo Palmeiras. Primeiro porque a queda da liminar não significa que a causa esteja encerrada: o processo segue em trâmite na 70ª Vara do TRT e o jogador ainda pode - e acredita que vai - vencê-lo. Ele alega ter mais de R$ 9 milhões a receber do Tricolor, referentes a salários, férias e 13º atrasados, além parcelas do FGTS.

Além disso, consta no contrato firmado entre Scarpa e Palmeiras que o clube está desobrigado a arcar com a multa rescisória em caso de derrota judicial. O jogador aceitou assumir os custos.

Perder o camisa 14 também não é uma possibilidade cogitada. Restariam, então, duas opções: esperar que uma nova decisão judicial libere Scarpa do Fluminense, o que pode demorar, ou entrar em acordo com os cariocas e encerrar qualquer discussão.

Antes de aproveitar a liminar para contratar Scarpa sem ter de pagar ao Fluminense, em janeiro, o Palmeiras tentou um acordo, mas as conversas não avançaram por variados motivos. As partes chegaram a se aproximar de um acerto que levaria Scarpa por empréstimo para o Palestra Itália, mas o estafe do jogador queria que fosse por dois anos, enquanto o Tricolor só aceitava liberá-lo por uma temporada.

Também houve dificuldade para convencer atletas do Palmeiras a irem para o Flu na troca. Róger Guedes, hoje emprestado ao Atlético-MG, foi um dos que não se animaram com a ideia.

O Flu tentou também a contratação de Hyoran, inclusive depois da ida de Scarpa para o Verdão. A diretoria queria emprestá-lo para que ele ganhasse rodagem, mas o jovem meia pediu para permanecer. O Vasco também se interessou por ele e esbarrou na mesma situação.

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