Bruno Henrique esquece Libertadores e foca clássico de melhores do turno

Nesta sexta-feira, capitão do Palmeiras deu entrevista na véspera do duelo contra o Santos, pelo Brasileiro, e pouco falou da eliminação diante do Boca Juniors no torneio continental

Bruno Henrique - Palmeiras
Meio-campista destaca a qualidade do Santos de Cuca, adversário deste sábado, no Allianz Parque (Foto: Thiago Ferri)

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Bruno Henrique deu entrevista coletiva nesta sexta-feira e quase não falou da Libertadores, de onde o Palmeiras foi eliminado pelo Boca Juniors, na quarta-feira. O volante demonstrou foco total contra o Santos, neste sábado, no Allianz Parque, descartando o favoritismo do Verdão, líder do Brasileiro, ao lembrar que os dois times do clássico fazem as melhores campanhas do segundo turno.

- Passando ou não na Libertadores, a proporção de importância seria a mesma. São dois times muito bem no segundo turno, jogo muito bom. Esperamos jogar muito bem. Sabemos que temos a responsabilidade de fazer grande jogo em casa e vencer. Vamos trabalhar para fazer isso - disse o capitão do Palmeiras, que somou 30 pontos em 36 possíveis no segundo turno, enquanto o Santos acumulou 25.

- Clássico não tem favorito. É um clássico. O Santos é uma grande equipe, com grande treinador e grandes jogadores, com ascensão muito grande no segundo turno, com grandes jogos. Também estamos bem no segundo turno. Temos de entrar focados 90 minutos. Sabemos nossa força e do torcedor, mas não somos favoritos. Temos de fazer muito em campo para ganhar. Vamos nos preparar muito bem psicologicamente e fisicamente pelos três pontos.

O discurso do meio-campista é também uma forma de mostrar que a equipe não quer se sentir baqueado pela saída recente da Libertadores. Bruno Henrique lembra que o Palmeiras superou a saída da Copa do Brasil conquistando a liderança do Campeonato Brasileiro.

- Já passamos momentos assim durante o ano. Vinha de adversidade e correspondeu bem. Passou Libertadores. É esquecer, virar a chave e focar totalmente no Brasileiro. É clássico, jogo difícil, na nossa casa, com força da torcida. Esperamos fazer um grande jogo e buscar a vitória.

Confira outros temas abordados por Bruno Henrique nesta sexta-feira:

Pressão por título no ano
Pressão sempre existiu. Desde quando cheguei. É normal. O Palmeiras é gigantesco. Estamos fazendo um bom ano, entramos em todos os campeonatos buscando título e, infelizmente, não conquistamos ainda. Mas não podemos jogar fora o que temos construído. Sabemos a pressão e estamos muito focados e unidos para terminar o Brasileiro. Temos vantagem, mas não podemos ficar em cima da vantagem. precisamos correr e brigar muito para ganhar o Brasileiro. O grupo está muito focado, faremos de tudo para conquistar o título.

Desgaste
Nosso calendário é muito apertado, com muitos jogos, de exigência física e mental muito grandes. Desde setembro, em praticamente todas as semanas tivemos jogos decisivos, chega ao final do ano com desgaste. Mas quem não está jogando, mesmo sem ser da função, pode ajudar. Agora é a hora do sacrifício, se entregar 100% em busca do título brasileiro.

Cobrança por eliminação
É natural. Tem essa cultura no futebol brasileiro do imediatismo, mas temos de lidar com isso. Chateia quando é eliminado, mas sabemos o trabalho que é bem feito. A gente vem aqui todos os dias trabalhando muito sério para brigar por título e dar a alegria para o torcedor. É o que mais queremos. É natural, temos de saber lidar muito bem. Depois de eliminação, tem logo clássico, então tem de estar 100% focado nisso. Sabendo o que temos feito de bom, mesmo com eliminações, é um bom ano. Não podemos deixar isso nos afetar para poder conquistar o Brasileiro.

Faltou força ofensiva na Libertadores?
O discurso do jogo de ida, tomamos dois gols em cinco minutos, no fim. Se não tivesse tomado, todos falariam que fizemos partida inteligente, levando empate para casa. Poderíamos ter feito algo melhor, porque não classificamos, mas que sirva de lição para os próximos anos. Tem coisas que poderia ser melhores, mas não podemos ficar pensando nisso. Infelizmente, fomos eliminados e temos de virar essa chave para ganhar o Brasileiro, brigar pelo Brasileiro. O que aconteceu de ruim que sirva de exemplo para conquistarmos o Brasileiro.

Time titular
Temos um elenco. O que fez a gente brigar de frente pelos três campeonatos, chegando às semifinais de dois campeonatos, como há 17 anos o Palmeiras não chegava na Libertadores, e estar na liderança do Brasileiro, precisa ter elenco. Desde setembro, jogo eliminatório na quarta e brigando pelas primeiras posições no Brasileiro no fim de semana, e na semana Libertadores., Precisa de elenco para isso. Agora, só temos uma competição. Na semana que vem, já com jogos seguidos, e teremos de mesclar. Já estamos sem alguns jogadores. A força do nosso elenco prevalece para fazer um bom ano, independentemente das eliminações, e será fundamental nessa reta final.

Matemática para o título
Não trabalhamos com números futuros. O Felipão bate muito na tecla do jogo a jogo, não entra na questão de quantos pontos faltam. Pensamos no próximo jogo, que sempre é o mais importante. Precisamos estar com foco 100% a cada jogo, e cada jogo é uma final. Não nos preocupamos com matemática, mas foco 100% no próximo jogo para vencer e ganhar o título.

Vitória dá vaga na Libertadores
Nosso pensamento é vencer em busca do título. Nem pensamos na Libertadores do ano que vem. É claro que essa classificação é fundamental, mas o foco é vencer para brigar pelo título. Só dependemos de nós para isso, e nosso foco é 100% para vencer o jogo de sábado e dar continuidade na liderança do Brasileiro.

Gol anulado pelo VAR
Experiência extremamente ruim. Se surgir oportunidade de gol (contra o Santos), ficarei muito feliz. Mas é ruim porque tinha pressão, atmosfera fantástica, 1 a 0 no começo do jogo muda a cara do jogo, muda tudo, com 70 minutos para fazer um gol, joga mais seguro, tira tensão do jogo. fazer um gol daquele, com energia da torcida, aí vem o banho de água fria. Somos a favor do VAR, quanto mais limpo e justo melhor, mas fica a sensação de fazer o gol, comemorar e o gol ser anulado. É ruim. Com os ajustes, espero que seja mais rápido, talvez, para não ficar com essa de fazer o gol, comemorar e, dois minutos depois, anular o gol e ter uma sensação bem ruim.

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