Após sair ‘inteiro’ da briga, Verdão se preocupa com sono e lado psicológico

Fernando Prass, Willian, Jean e Egídio foram agredidos durante a batalha em Montevidéu, mas nenhum deles vai desfalcar o time na quarta. Atletas ganharam descanso nesta sexta

Fernando Prass é recebido por torcedores após a volta do Uruguai
Cesar Greco - Palmeiras

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Um corte na boca de Fernando Prass e arranhões no rosto de Willian são os efeitos mais visíveis da batalha campal que os jogadores do Palmeiras enfrentaram na última quarta-feira, após o jogo contra o Peñarol. Os machucados são pequenos, ainda mais se considerada a proporção da briga, e não ameaçam a participação dos atletas no jogo de quarta-feira, contra o Jorge Wilstermann (BOL), em Cochambamba. Jean e Egídio, outros que foram agredidos, também estão bem. A principal preocupação agora é com o lado emocional dos jogadores.

- Tivemos bastante sorte, nenhum atleta saiu machucado de fato. Óbvio que escoriações existem, mas o trauma daquilo é importante, a gente tem que considerar, querendo ou não tem a questão emocional - disse o médico do clube, Gustavo Magliocca.

O descanso dos jogadores também deixa o clube atento. Com toda adrenalina acumulada na vitória por 3 a 2 e na confusão depois do apito final, eles passaram a noite em claro. Nesta sexta-feira, nada de treinamento na Academia de Futebol. O grupo ganhou folga e só inicia no sábado a preparação para o jogo na Bolívia.

O clube considera fundamental que os jogadores tenham tempo para descansar a mente. Antes mesmo de tudo o que aconteceu em Montevidéu, a diretoria já havia percebido uma exaustão psicológica no grupo. A avaliação internamente foi de que esse esgotamento foi um dos motivos da atuação bem abaixo da média na derrota por 3 a 0 para a Ponte Preta, no jogo de ida da semifinal estadual, em Campinas, que acabou custando a classificação.

- Nenhum jogador dormiu, todos ficaram bem abalados. O clima era de não poder comemorar tanto uma vitória, tentando entender o que aconteceu. Uns se defendendo, outros falando o que viram. É uma situação totalmente atípica, mas quarta tem jogo e os atletas têm de se preparar para isso - lembrou Gustavo Magliocca.

- Todo mundo estava muito revoltado depois do jogo, pela situação, pelo que aconteceu. E tentando entender também o que tinha acontecido. Foi uma situação orquestrada, eles estavam preparados para aquilo, tanto que impediram a entrada dos nossos seguranças. O que a gente conversou é que se a gente entrasse em uma pancadaria generalizada provavelmente a gente sairia muito prejudicado, com atletas suspensos. Então a gente conseguiu, dentro do possível, ficar fora do confronto - emendou Fernando Prass.

O Palmeiras garantirá a classificação para as oitavas de final da Libertadores se empatar com o Jorge Wilstermann, às 21h45 de quarta-feira. Depois dessa partida, a equipe terá 11 dias livres e só voltará a campo na rodada inicial do Brasileirão, dia 14 de maio, contra o Vasco.

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