‘110% de vontade’: Verdão aprende lição no Dérbi e aplica no Choque-Rei

Jogadores admitem que cobranças após a derrota para o Corinthians fizeram a equipe ter postura mais aguerrida diante do São Paulo. Ordem de Roger é repetir isso em outros jogos

Victor Luis foi eleito por Roger como símbolo do espírito da equipe no clássico contra o São Paulo
Cesar Greco/Palmeiras

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O Palmeiras já está classificado para enfrentar o Novorizontino nas quartas de final do Campeonato Paulista e praticamente cumprirá tabela contra o Ituano, às 17h de domingo, em Itu, em jogo válido pela última rodada da primeira fase. Mas esta etapa inicial da competição deixou uma lição valiosa para os jogadores, sobretudo os clássicos contra os rivais da capital: só técnica não vai resolver.

- No clássico contra o Corinthians a gente saiu derrotado e muito se falou que faltava vontade... O que foi trabalhado foi essa situação de demonstrar vontade do início ao fim. Todo mundo sabe da qualidade do grupo, mas a gente tem que demonstrar a cada dia o que a gente quer. Isso foi essencial para a gente sair com a vitória contra o São Paulo - disse Felipe Melo.

"Nos cobramos para pressionar o São Paulo do início ao fim, marcando em cima, e conseguimos", ressalta o meia Lucas Lima

O Palmeiras foi muito criticado por sua torcida após a derrota por 2 a 0 para o Corinthians, em Itaquera. O meia Moisés admitiu naquela semana que os jogadores tiveram uma reunião e se cobraram: 100% de vontade não seria suficiente, era preciso ter 110%. O jogo seguinte foi contra o Junior Barranquilla, na estreia pela Libertadores, e o time venceu por 3 a 0 fora de casa. Os titulares descansaram na derrota por 1 a 0 para o São Caetano e voltaram a jogar contra o São Paulo, na última quinta: triunfo por 2 a 0 e melhor exibição do ano.

- Eu costumo dizer para os atletas que 100% não ganha jogo. Ou ganha, eventualmente, algumas partidas. O algo a mais é o 110%, a concentração o tempo todo, é saber que você pode se doar ao máximo, porque as trocas vão manter o nível alto do jogo coletivo. Contra o São Paulo vimos um alto grau de concentração e intensidade. Claro que você não consegue pressionar o tempo inteiro, mas quando houve necessidade, todo mundo conseguiu fazer. Temos uma equipe muito técnica. Por mais que a gente tente nos blindar do externo, da euforia, por vezes a gente acredita que só o diferencial técnico vai te levar a vitórias e títulos. Não vai. Tem que ter entrega - disse Roger Machado.

A derrota para o São Caetano, apesar de não ter os titulares em campo, também teve peso antes do Choque-Rei. Roger deu uma dura bronca em Keno no vestiário, cobrando maior participação na fase defensiva. Contra o São Paulo, o ponto alto da equipe foi justamente a marcação adiantada, com contribuição dos atacantes.

"A gente entrou com muita vontade contra o São Paulo. Tem que fazer isso não só em clássico", diz Dudu

- O que fica de positivo é a nossa entrega. Nós já demonstramos uma qualidade técnica importante em outros jogos, mas contra o São Paulo nós corremos, lutamos. Muito se cobra do Borja, muito se fala do Dudu, e eles correram mais do que todo mundo nesse jogo - elogiou Felipe Melo.

- Se a gente levar esse espírito para qualquer competição, não tenha dúvida que vamos gerar muito problema para os adversários. Salientei na palestra que, depois da derrota do Dérbi, a gente não levou o abatimento para a estreia na Libertadores. Disse para os jogadores que eu gostaria que a gente trouxesse o otimismo da Libertadores para o Paulista. Foi um jogo muito intenso, com característica de competição sul-americana - completou Roger.

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